segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

LA BD CHANTE BREL (7)

Christian Rossi é um autor de BD francês que nasceu em 1954 e começou a publicar os seus trabalhos em 1973. Em 2004 foi um dos premiados no famoso festival internacional de BD de Angoulême.

Esta é a ilustração de Rossi para a canção LE CHEVAL, de Brel.

sábado, 29 de janeiro de 2011

DORS MA MIE, BON SOIR



DORME MINHA AMIGA, BOA NOITE (1958)

Dorme minha amiga, lá fora a noite está escura…
Dorme minha amiga, boa noite. É a nossa última noite, dorme minha amiga, boa noite...
Sobre as flores que fecham as suas pálpebras, chove uma leve chuva
e o pássaro que irá cantar a alvorada dorme, e ainda sonha...
E assim, amanhã, já estarei de novo só e ter-me-ás abandonado… nada que eu não quisesse,
Ter-me-ás desprezado por te querer construir uma felicidade eterna…
Contrariado, a definhar, em vez de, simplesmente, te ter debruçada sobre mim…
Eu, que tanto precisava da tua Primavera...
Não, as raparigas que amamos nunca compreenderão que elas são,
à vez, a nossa última flor, a nossa última oportunidade,
o nosso último sobressalto, a nossa última partida, o nosso último navio...
Dorme minha amiga, lá fora a noite está escura, dorme minha amiga, boa noite.
É a nossa última noite, dorme minha amiga, vou partir...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

VINCENT ENGEL




O escritor belga VINCENT ENGEL inspirou-se no texto de Brel POURQUOI FAUT’IL QUE LES HOMMES S’ENNUIENT e escreveu este esplêndido texto sobre a Bélgica de hoje e os seus graves problemas políticos. O texto foi publicado ontem no Jornal LE SOIR.
No passado dia 4 deste mês falei AQUI desta canção.


«IL NOUS RESTE À ÊTRE ÉTONNÉES» (hommage à Jacques Brel)

Pourtant nos hôtesses sont douces, et nos auberges, et nos concitoyens qui affrontent de telles polémiques depuis des décennies sans que jamais le sang ait été versé. Il suffít d’un peu vovager en Europe, chez nos voisins Ies plus proches, pour se rendre compte que nous vivons dans un pays de Cocagne: les salaires résistent mieux qu’ailleurs à I’érosion (allez voir les salaires moyens en ltalie, en Espagne, en Grèce), les soins de santé sont excellents ; si le ciel est souvent gris et si le Belge est râleur, dit-on, l’ambiance dans les auberges est plutôt rose, et la kermesse, qu’elle soit héroïque ou alcoolisée, demeure une tradition vivace au nord comme au sud.

Pourquoi faut-il que les Belges s’ennuient?

Pourtant les villes sont paisibles, et l'urbanisation dense n‘empêche pas une relative préservation de nos paysages. Les entrées de nos villes ne sont pas toutes devenues d‘ignobles zones commerciales ou des banlieues insalubres transformées en ghettos ethniques et sociaux. Certes, le diable et Dieu sont plus présents qu’ailleurs sous nos bibles diverses, et nos rois savent se faire prier; mais si la laïcité est, chez nous, un vœu pieu,la cohabitation religieuse est moins tendue qu’ailleurs — même si une culpabilité diffuse demeure la clé de voûte de notre éducation commune, comme l'a si bien formulé André Baillon: «Je suis le pénitent exaspéré des fautes que je n’ai pas commises».

Pourquoi faut-il que les Belges s’ennuient?

Pourtant il nous reste à rêver et à savoir. Savoir au sens si belge, qui fait sourire nos voisins Français, de «pouvoir». Rêver, comme l’on pourrait dire que, depuis si longtemps, notre pays est un rêve, parfois cauchemar. Un rêve incessant, c’est aussi un possible permanent, une (ré)invention constante. On nous dit terre du surréalisme: au sens premier, le «surréalisme» désigne une réalité supérieure. «Désespérance ou désespoir, il nous reste à être étonnés», écrivait le Grand Jacques ; on aimerait croire que, s’il était encore vivant, il aurait maintenu ce constat.

Pourquoi faut-il que les Belges s’ennuient?

Pourtant il nous reste à tricher. On appelle cela, désormais, négocier. Souffler le chaud et le froid. Pratiquer le double langage. Confondre politique et populisme, débat de fond et jeu télévisé. «Être le diable et jouer fleur». Dépeindre la communauté voisine, dans les médias, sous des traits réducteurs ou caricaturaux. Ou faire croire que, désormais, l‘action démocratique des citoyens ne se joue plus dans les élections, mais dans des manifestations virtuelles supposées rappeler les vertus citoyennes à des responsables qui les auraient perdues de vue. Jouer la peur de la dissolution et revoter.
Le vain fait tourner manège.

Pourquoi faut-il que les Belges s’ennuient.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ASZURE BARTON & ARTISTS



A coreógrafa canadiana ASZURE BARTON apresentou um espectáculo em Nova Iorque, em Dezembro de 2010, intitulado BUSK.
Aszure é fundadora e directora do Aszure Barton & Artists, um projecto internacional com exibições na Europa, Brasil, Argentina, Ásia, África, Canadá, e USA. A Companhia tem residência no Banff Centre, no Canadá, e no Baryshnikov Arts Center, em Nova Iorque. Aszure foi nomeada Embaixadora oficial da Coreografia Contemporânea em Alberta, Canadá.

Neste vídeo, a interpretação coreográfica de JOJO de Jacques Brel.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CRISTINA BRANCO




A fadista CRISTINA BRANCO gravou mais um disco. Intitula-se “Não há só tangos em Paris” inclui a canção “Désespérés” de Jacques Brel.

Fiquem com a voz de Cristina Branco.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ZACH CONDON / BEIRUT




OS BEIRUT vão estar no festival Super Bock Super Rock, no dia 14 de Julho, no Meco. Esta banda americana que combina o folclore dos Balcãs com o pop rock europeu tem como fundador e líder Zachary Francis Condon.
Zach é um grande admirador da canção francesa e incluiu no reportório dos Beirut esta versão de LE MORIBOND.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CHANSON SANS PAROLES



Jacques Brel dizia que “o amor é uma das expressões da paixão. A ternura é outra coisa. O amor pode desaparecer de um dia para o outro, ao passo que a ternura não. A ternura é imutável. É um dado adquirido. Eu acho que nasci terno. Aquilo a que eu chamo amor nas minhas canções afinal é ternura”

CANÇÃO SEM PALAVRAS (1962)

Teria gostado, minha querida, escrever-te uma canção sobre esta melodia que encontrei uma noite...
Teria gostado, minha querida, somente com o ponto de Alençon, escrever-te um longo poema.
Escrever-te um longo “Amo-te”...
Iria dizer-te Amor, iria dizer-te Sempre, mas de mil maneiras, com mil rodeios...
Iria dizer-te Vamos, iria dizer-te Ardamos… Ardamos dia a dia, de estação em estação...
Mas… O tempo de acender-se uma ideia sobre o papel, o tempo de pegar num lápis, o tempo de o aparar...
E depois o tempo de me dizer como é que eu vou escrevê-la…
E está chegado o momento em que tu já não me amas mais, em que tu não me amas mais...


sábado, 22 de janeiro de 2011

JOHN DENVER




Por falar em PLACIDO DOMINGO lembrei-me que ele cantou em duo com JOHN DENVER uma canção da autoria deste – Perhaps love.
Ao procurar esta canção no Youtube encontrei esta versão inglesa de AMSTERDAM, Port of Amsterdam, cantada em 1973 por John Denver.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NATHALIE LHERMITTE




Segundo informação das Edições Jacques Brel o espectáculo “DE BRUXELLES AUX MARQUISES” vai estar de novo em cena no Théâtre du Gymnase, em Paris.
Este espectáculo já foi aqui anunciado nos dias 13 de Dezembro de 2009 e 7 de Outubro de 2010. Trata-se de uma biografia musical de Brel assinada por JACQUES PESSIS, encenada por Ned Grujic e com interpretação de Nathalie Lhermitte, Aurélien Noel e o próprio Pessis.

NESTE VIDEO Nathalie Lhermitte fala de Brel e canta Brel.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GIORGOS ARAPAKIS

Depois da versão em hebraico de LA FANETTE trago hoje ao Canto do Brel a versão de Amsterdam... em grego. Segundo o blog de RODOLPHE GUILLO (La chanson de Jacky) esta versão de Amsterdam e uma outra de Ne me quitte pas são as únicas que se conhecem na língua grega. A que está neste video é da autoria de Giorgos Arapakis (Γιώργος Αραπάκης), trovador e poeta grego, mas é aqui interpretada por VASILIS PAPAKONSTANTINOU.

domingo, 16 de janeiro de 2011

RON ELIRAN



RON ELIRAN há muito considerado “O Embaixador da canção israelita”, nasceu em Haifa, Israel, em 1937. Tem corrido o mundo cantando não só as canções tradicionais do seu país mas também muitos êxitos internacionais contemporâneos.
O meu amigo breliano RODOLPHE GUILLO descobriu no youtube esta versão de LA FANETTE, de Jacques Brel cantada por Eliran em hebraico. Merci Rodolphe!


sábado, 15 de janeiro de 2011

UTE LEMPER



UTE LEMPER, cantora alemã, intérprete privilegiada de Kurt Weil, está em Lisboa para dar um espectáculo ao lado da Orquestra Gulbenkian no Grande Auditório da Fundação. O espectáculo chama-se “De Berlim a Paris” e poderá ser visto hoje e amanhã pelas 19 horas. Ute Lemper cantará “cabaret”, “Broadway”, Edith Piaff e Jacques Brel.

Neste video Ute Lemper canta AMSTERDAM com a colaboração do cantor corso MUVRINI.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

LA BD CHANTE BREL (6)



O autor do famoso LUCKY LUKE da BD, MORRIS, também prestou a sua homenagem a JACQUES BREL com este estupendo cartoon. Um Lucky Brel ou um Jacques Luke como queiram.

MORRIS era belga, tal como Brel, e o seu verdadeiro nome era Maurice de Bévère. Nasceu em 1/12/1923 e faleceu em 17/7/2001.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

J'AIMAIS



Apesar de só ter sido gravada em 1963 esta canção - J’AIMAIS – pelos seus preciosismos poéticos e harmonias muito líricas deverá ter sido composta alguns anos antes. Em 1963 Brel já tinha alcançado a maturidade como compositor e já tinha sucessos musicais como Les bourgeois, Marieke, La valse à mille temps, Le moribond, ou mesmo Ne me quitte pas. E no LP onde está J’aimais estão canções inesquecíveis como Les vieux, Jef e Au suivant. Portanto, a inclusão de J’aimais neste LP de 1963 sabe a um fruto que se come fora da época.

EU GOSTAVA (1963)

Eu gostava das fadas e das princesas que me diziam não existir...
Eu gostava do fogo e da ternura...
Estás a ver, já então eu sonhava contigo.

Eu gostava das torres altas, imponentes, para ver ao longe chegar o amor...
Gostava das torres com coração vigilante...
Estás a ver, já então eu te espreitava...

Eu gostava do colo ondulante das vagas, dos nobres salgueiros a desfalecerem sobre mim...
Eu gostava do perfil bamboleante das algas...
Estás a ver, já então eu te conhecia...

Eu gostava de correr até cair, eu gostava da noite até ao amanhecer...
Eu não gostava disso tudo, eu adorava…
Estás a ver, já então te amava...

Eu gostava do Verão pelas suas tempestades, com os relâmpagos sobre o telhado...
Eu gostava do clarão sobre a tua face…
Estás a ver, já então eu ardia por ti...

Eu gostava da chuva que inundava o céu ao longo das neblinas do país raso...
Eu gostava dessa neblina que o vento varre...
Estás a ver, já então chorava por ti...

Eu gostava da vinha e do lúpulo, das vilas nortenhas, das galdérias da noite...
Os rios profundos que me chamavam ao leito...
Estás a ver, já então eu me esquecia de ti...



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

T'ES PAS TOUT SEUL



Mais um espectáculo musical sobre Jacques Brel. T'ES PAS TOUT SEUL vai ser no dia 14 e no dia 16 no Théâtre du Pré-aux-moines na cidade de Cossonay, na Suíça. Tem autoria de Guy-François Leuenberger, encenação de Gérard Demierre e interpretação de Antoinette Dennefeld, Laure Barras, Mallika Hermand, Capucine Keller, André Gass, Daniel Hellmann, Yannis François.
Os músicos são: Piano, Guy-François Leuenberger, contrabaixo, Alain Dessauges, bateria e acordeão, Jean-Luc Decrausaz.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

EL SUEÑO IMPOSIBLE



E neste princípio de annus horribilis continuemos com o nosso SONHO IMPOSSÍVEL porque sonhar ainda não paga imposto nem consta das medidas do PEC.
E a versão que aqui trago hoje é na língua de Cervantes, o autor de D. Quixote de la Mancha.
EL SUEÑO IMPOSIBLE nesta interpretação que encontrei no youtube do tenor RODRIGO JOSÉ DOMÍNGUEZ.


EL SUEÑO IMPOSIBLE

Con fe lo imposible soñar
al mal combatir sin temor
triunfar sobre el miedo invencible
en pie soportar el dolor

Amar la pureza sin par
buscar la verdad del error
vivir con los brazos abiertos
creer en un mundo mejor

Es mi ideal
la estrella alcanzar
no importa cuan lejos
se pueda encontrar
luchar por el bien
sin dudar ni temer
y dispuesto al infierno llegar si lo dicta el deber

Y yo sé
que si logro ser fiel
a mi sueño ideal
estará mi alma en paz al llegar
de mi vida el final

Será este mundo mejor
si hubo quien despreciando el dolor
combatió hasta el último aliento

Con fé lo imposible soñar
y la estrella alcanzar




domingo, 9 de janeiro de 2011

PLACIDO DOMINGO




PLACIDO DOMINGO também canta The impossible dream do Musical MAN OF LA MANCHA. Ficam aqui o texto original de Joe Darion e a interpretação do famoso tenor.

THE IMPOSSIBLE DREAM

To dream the impossible dream
To fight the unbeatable foe
To bear with unbearable sorrow
To run where the brave dare not go

To right the unrightable wrong
To love pure and chaste from afar
To try when your arms are too weary
To reach the unreachable star

This is my quest
To follow that star
No matter how hopeless
No matter how far

To fight for the right
Without question or pause
To be willing to march into Hell
For a heavenly cause

And I know if I'll only be true
To this glorious quest
That my heart will lie peaceful and calm
When I'm laid to my rest

And the world will be better for this
That one man, scorned and covered with scars
Still strove with his last ounce of courage
To reach the unreachable star

sábado, 8 de janeiro de 2011

MARIA BETHÂNIA




MAN OF LA MANCHA estreou-se em 1965 na Broadway. Baseado na obra de Cervantes D.Quixote de La Mancha tinha texto de Joe Lardon e música de Mitch Leigh.
Jacques Brel fez depois em 1968 uma adaptação para francês e levou o musical L’Homme de la Mancha à cena na Bélgica e na França.
O tema mais conhecido deste musical é sem dúvida The impossible dream que Brel adaptou e intitulou La Quête. Esta canção tem tido ao longo do tempo várias versões, sendo uma delas em português. Esta adaptação para a nossa língua foi escrita por Ruy Guerra, autor do FADO TROPICAL popularizado por Chico Buarque.

SONHO IMPOSSÍVEL (Ruy Guerra)

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

Esta é a versão de Impossible dream cantada por Maria Bethânia…

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VIVRE DEBOUT



Sobre esta canção um cronista do Jornal Combat disse na altura : « Jacques Brel revela em VIVRE DEBOUT a beleza implacável e cruel dos que não perdoam àqueles que se contentam com o pouco que são »


VIVER DE PÉ (1961)

A gente esconde-se, quando o vento se levanta, com medo que ele nos empurre para combates demasiado duros...
A gente esconde-se em cada novo amor, que a seguir a outro nos diz “sou eu de certeza”...
A gente esconde-se por um instante para que a nossa própria sombra, para melhor fugir da inquietação, seja a sombra de uma criança,
seja a sombra dos costumes que plantaram em nós quando tínhamos vinte anos...
Será impossível viver de pé?...

A gente ajoelha-se porque nos curvamos sob o incrível peso dos nossos tormentos ilusórios...
A gente ajoelha-se depois de ter caído à frente de falsas aparências...
A gente ajoelha-se quando a nossa esperança se reduz a rezar, e quando é demasiado tarde
e nada mais se pode ganhar em todos esses encontros a que faltámos...
Será impossível viver de pé?...

A gente deita-se por um derriço barato, por um piropo reles que se diz a toda a hora...
A gente deita-se para melhor perder a cabeça, para melhor queimar o tédio com lampejos de amor...
A gente deita-se quando acaba a vontade de viver o dia…
Para melhor fazer a corte à morte que se aproxima…
Para alcançarmos por fim a nossa própria derrota...
Será impossível viver de pé?...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

JOSEPH PENISSON




Mais uma homenagem a BREL. Desta vez feita por JOSEPH PENISSON, com a ajuda musical de JEAN-FRANÇOIS DUFOUR. Segundo palavras do próprio autor, a canção “Dans les rues de Bruxelles é um presente ao meu mestre, o Grand Jacques, que sempre admirei…”

Para melhor compreensão de DANS LES RUES DE BRUXELLES pedi ao senhor Joseph Penisson o texto que escreveu e ele teve a amabilidade de mo enviar. Aqui está o poema com a devida vénia.

DANS LES RUES DE BRUXELLES
(Joseph Penisson/ Jean François Dufour)


je revois son enfance, ses amours, sa Fanette
ses impossibles rêves pour atteindre sa quête
ses chagrins ses départs vers un nouveau voyage
ses regrets ses remords ou s'estompent les visages;
le tram trente trois m'a emmené chez Eugène
j'ai bien mangé des frites, mais j'ai attendu Madeleine;
Marcel et son accordéon place de Brouckère
bercé par le vent du nord me ravive ses airs

j'ai voulu voir Bruxelles
et j'ai ressenti Brel
j'ai voulu voir Fernand
et j'ai revu les vieux amants

sur la grand place Germaine a toujours les cheveux roux
et les bonbons de Jacques ont encore du gout
le manneken pis me rappelle les marins d'Amsterdam
qui boivent plein de bières sur la panse des dames
devant l'église toujours là et elles radotent
et patati et patata, mes oreilles sifflent de ces bigotes
il y a toujours des salons et des pendules d'argent
avec ces petits vieux qui se meurent lentement

j'ai voulu voir Bruxelles
et j'ai ressenti Brel
j'ai voulu voir Madeleine
et j'ai revu Germaine

alors bourgeois curé personne au dernier repas
Mathilde n'est pas venue même pas ces gens là;
j'arrive sans chrysanthèmes pour te dire tout bas
même si tu as mal aux autres ne me quitte pas...
j'ai voulu voir Bruxelles et j'ai ressenti Brel
le Jef et le Jojo comme moi deux vieux poivrots;
j'ai voulu voir Bruxelles et j'ai ressenti Brel
au petit matin avec les paumés on ira boire à ta santé...

(Faune/Penisson/Dufour)

Neste vídeo Joseph Penisson canta DANS LES RUES DE BRUXELLES acompanhado por Jean-François ao piano e por Michaël Belin ao violino.


Dans les rues de Bruxelles - Jacques Brel
Enviado por mediafaune. - Explore outros vídeos de música.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

LES ENFOIRÉS 2002




Desde 1986 que em França se realiza anualmente um espectáculo de beneficência com o nome LES ENFOIRÉS onde participam os maiores nomes da cena musical francesa. Na edição de 2002, que tinha por lema "Todos no mesmo barco", SERGE LAMA, GAROU e HÉLÈNE SEGARA juntaram-se para cantar AMSTERDAM, de Jacques Brel, e o resultado foi este. Simplesmente intenso e brilhante.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

POURQUOI FAUT-IL QUE LES HOMMES S'ENNUIENT?




Cinco dias depois de ter deixado os palcos, em Maio de 1967, Jacques Brel tem um convite para entrar num filme de André Cayate, Les risques du métier . Brel aceitou por cortesia mas impôs a condição de que as suas falas seriam adaptadas ao seu próprio estilo oral e que só estaria presente durante as gravações quando estritamente necessário.
No entanto, esta experiência despertou-lhe o gosto pelo cinema e começou a aceitar mais papéis noutros filmes chegando mesmo a realizar alguns.
Esta canção é de 1963 e foi feita para um filme chamado Un roi sans divertissement de François Leterrier, baseado num romance de Jean Giono, com Charles Vanel e Colette Renard.

PORQUE É QUE OS HOMENS PRECISAM DE SE CHATEAR? (1963)

Apesar de tudo as estalajadeiras são gentis nas estalagens bordadas de neve…
Apesar de tudo as mães resignam-se porque os filhos caíram na ratoeira...
Apesar de tudo as hospedarias são simpáticas, e lá, o vinho faz girar o carrossel...
Porque é que os homens precisam de se chatear?

Apesar de tudo as cidades são tranquilas com sinos e campanários a badalar,
Mesmo com o diabo a dormir debaixo da bíblia? E os reis saberão rezar?
Apesar de tudo as cidades são tranquilas desde o branco amanhecer até ao alvo anoitecer…
Porque é que os homens precisam de se chatear?

Apesar de tudo só nos resta sonhar, apesar de tudo só nos resta conhecer
Todos esses lobos que é preciso aniquilar, todas essas primaveras que nos resta beber.
Desesperança ou desespero, só nos resta ficar espantados…
Porque é que os homens precisam de se chatear?

Apesar de tudo só nos resta fazer batota, ser espadas e jogar copas,
Ter medo e voltar a jogar, ser o diabo e jogar flor…
Apesar de tudo, resta-nos ter paciência... Ano bom ou Ano mau, não se vive mais que uma hora,
Porque é que os homens precisam de se chatear?


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

LA BD CHANTE BREL (5)

PETER VAN STRAATEN é um dos mais famosos cartoonistas holandeses. O seu estilo é inconfundível e tem sido e divulgado com imenso sucesso ao longo dos anos em jornais e em revistas. É também autor de BD, ilustrador de livros e de outras publicações. No entanto, é conhecido no seu país, acima de tudo, pelo cartoon político. Os actores da cena política holandesa e internacional não escapam ao seu olhar atento e ao seu julgamento crítico. Peter Van Straaten nasceu em Arnhem em 1935.
É assim que ele dá o seu contributo gráfico à canção AMSTERDAM, de Brel.

domingo, 2 de janeiro de 2011

DANIIL SIMKIN




As canções de Jacques Brel têm sido utilizadas inúmeras vezes como fundo musical para coreografias a solo ou em grupo. Neste vídeo o bailarino russo Daniil Simkin, de 23 anos, interpreta na perfeição LES BOURGEOIS.

sábado, 1 de janeiro de 2011

JEAN POIRET




No dia 28 de Maio de 2010 falei AQUI neste blog da VALSE À MILLE TEMPS e na altura falei de uma versão que foi também um êxito mas na voz de JEAN POIRET. Esta versão, que parodiava a canção de Brel e tinha por título LA VACHE À MILLE FRANCS, está no youtube na interpretação do seu autor.