segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CHANSON SANS PAROLES



Jacques Brel dizia que “o amor é uma das expressões da paixão. A ternura é outra coisa. O amor pode desaparecer de um dia para o outro, ao passo que a ternura não. A ternura é imutável. É um dado adquirido. Eu acho que nasci terno. Aquilo a que eu chamo amor nas minhas canções afinal é ternura”

CANÇÃO SEM PALAVRAS (1962)

Teria gostado, minha querida, escrever-te uma canção sobre esta melodia que encontrei uma noite...
Teria gostado, minha querida, somente com o ponto de Alençon, escrever-te um longo poema.
Escrever-te um longo “Amo-te”...
Iria dizer-te Amor, iria dizer-te Sempre, mas de mil maneiras, com mil rodeios...
Iria dizer-te Vamos, iria dizer-te Ardamos… Ardamos dia a dia, de estação em estação...
Mas… O tempo de acender-se uma ideia sobre o papel, o tempo de pegar num lápis, o tempo de o aparar...
E depois o tempo de me dizer como é que eu vou escrevê-la…
E está chegado o momento em que tu já não me amas mais, em que tu não me amas mais...


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