sábado, 31 de março de 2012

LA BD CHANTE BREL (15)


CHARLES JARRY, desenhador belga nascido em Bruxelas (1942) começou a sua carreira nas artes gráficas na área da publicidade. A partir de 1967 começou a fazer pequenas histórias para a Revista TINTIN . Em 1980 começou a colaborar também com SPIROU. Em 1992 decidiu  fundar a sua própria editor, Synopsis.
Também Jarry colaborou no livro de BD dedicado a JACQUES BREL , já aqui falado neste blog na secção intitulada "La BD chante Brel".  JARRY  ilustrou a canção "MON PÈRE DISAIT"

quinta-feira, 29 de março de 2012

DAVID SERERO


L'HOMME DE LA MANCHA, triunfo de Jacques Brel dos anos 60,  vai estar de novo em Paris a partir de 26 de Março, no Teatro de Variedades, boulevard Montmarte.
Esta comédia musical estreou-se em Paris em 1968.
 
O intérprete principal é o barítono DAVID SERERO (30) que terá a seu lado, como dulcineia, a cantora Jeane Manson.

quarta-feira, 28 de março de 2012

MARIEKE


Foi hoje estreado hoje (28) na Bélgica o filme "MARIEKE" de Sophie Schoukens, com Hande Kodja, Jean Decleir e Barbara Sarafian.
A personagem, cujo primeiro nome (referência a uma canção de Jacques Brel) MARIEKE tem 20 anos de idade. Mora com a mãe que é incapaz de extravasar os seus sentimentos desde a morte do seu marido escritor. De dia, Marieke trabalha em Bruxelas, numa fábrica de chocolate. À noite, ela escapa-se para braços de homens muito mais velhos que ela. Com eles, ela sente-se forte, amada e livre. A chegada de Jacoby, um editor que vem apenas buscar o último manuscrito do pai da Marieke, vai alterar os acontecimentos...
Da banda sonora naturalmente faz parte"MARIEKE" que Brel escreveu em 1961.


terça-feira, 27 de março de 2012

OS MACACOS


Em 1956 ANTÓNIO GEDEÃO escrevia o seu belo poema “Pedra filosofal” onde explica a evolução da inteligência do homem através do olhar de uma criança. Essa evolução termina com a alunagem, que se deu 13 depois. Para Gedeão era como se o mundo, feliz, próspero e pacífico, pulasse e avançasse como bola colorida entre as mãos da criança.
Em 1961 JACQUES BREL escreve o poema “OS MACACOS”. BREL, mais corrosivo, mais radical e mais cruamente, explica no seu poema  que a evolução da inteligência de “os macacos do seu bairro”  se faz com intolerância, preconceitos, racismo e violência. Para BREL, o homem comum, o macaco do seu bairro, o seu vizinho, portanto, só se tinha civilizado após inventar coisas como a câmara de gás, a cadeira eléctrica, a bomba de napalm, e a bomba atómica...
JACQUES BREL em 1961 retratou mais fielmente o HOMEM que conhecemos hoje em dia…
Para ilustrar este texto, em cima está um desenho de FRED e LILIANE FUNCKEN, casal de autores de BD de origem belga.

OS MACACOS

Antes deles, antes dos cus pelados, a flor, o pássaro e nós, andávamos em liberdade... Mas, eles chegaram e a flor foi para um vaso, e o pássaro para uma gaiola... E nós para um número. Porque eles inventaram as prisões, e os condenados, e os registos criminais, e os buracos na fechadura, e as línguas cortadas das primeiras censuras...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles, não havia problema quando as bananas amadureciam mesmo pela Quaresma... Mas, eles chegaram a abarrotar de intolerância, e foram caçar, pregando outras intolerâncias. Porque eles inventaram a caça aos albigenses a caça aos infiéis e a caça a outros que tais... A caça aos macacos sensatos que não gostavam de caçar...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles, o homem era um príncipe, a mulher uma princesa e o amor uma província... Mas, eles chegaram, e o príncipe é um vagabundo, a província definha e a princesa está à venda... Porque eles inventaram que o amor é pecado, o amor é um negócio, uma feira de virgens, o direito ao assédio… Inventaram as patroas de bordel...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles havia paz sobre a Terra, quando para dez elefantes não havia mais que um militar... Mas, eles chegaram, e foi à bastonada que a razão de Estado caçou a razão... Porque eles inventaram o ferro de empalar, e a câmara de gás, e a cadeira eléctrica, e a bomba de napalm, e a bomba atómica...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro... Os macacos do meu bairro!

segunda-feira, 26 de março de 2012

DE APEN


Jacques Brel sendo nascido Bruxelas poderia ter optado por falar em dois idiomas: O Francês ou o Flamengo. Mas as escolas que frequentou eram francófonas e acabou por deixar cair o flamengo no esquecimento.  Isto reflecte-se ao longo da sua carreira artística, onde apenas grava algumas canções em flamengo, para agradar aos editores que queriam que ele vendesse discos também na Flandres.
Hoje divulgo uma versão da canção “Les Singes” – “"DE APEN" – interpretada em flamengo pelo seu autor.

De Apen

Lang voor hen, lang voor die kale lui
Toen waren wij, en bloem en vogels, heerlijk vrij
Maar sindszij kwamen zitten bloemen in en pot
De vogels in een kooi, beslissen zij ons lot
Want zij, zij vonden uit, de boef en het gevang
De strafregisters, en het kleine sleutelgat
En heeft hun lange schaar de pers gecensureed
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
Lang voor hen, toen was de man een prins
De vrouw was een prinses, de liefde troetelkind
Maar sinds zij kwamen is de prins een bedelaar
Het rijk sterft uit en de prinses wordt handelswaar
Want zij, zij vonden uit de liefde die onteert
Die liefde die en zaak is, de slavinnenhandel
De gangsters met hun air van onbesproken wandel
En van toen af zijn zij gsyfiliserd
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
Lang voor hen eas er nog vrede po aard'
De vrijheid van persoon die was nog heel wat waard
Maar sinds zij kwamen zijn zij er toch in geslaagd
Dat de rede van staat de rede heeft verjaagd
Want zij, zij vonden uit die spitse bajonet
De napalm en atoombom, de geleide raket
De hersenspoeling hebben zijn een hooggeleerd
En van toen af zijn zij geciviliseerd
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt

sábado, 24 de março de 2012

RIKARD WOLFF



Segundo informação das Edições JACQUES BREL o famoso cantor sueco RIKARD WOLFF incluiu no seu último CD a canção de JACQUES BREL “La chanson des vieux amants” traduzida para sueco. No SITE do cantor podemos verificar o calendário de actuações da digressão 2012 FALLING IN LOVE AGAIN (…para o caso de alguém viajar, ou emigrar para a Suécia).

Na  impossibilidade de mostrar o vídeo com a versão da canção de Brel, aqui fica outra canção “Pojken på månen” (Menino na Lua).

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dani Litani

Versão hebraica de AMSTERDAM de Dan Almagor (texto) e cantada por DANI LITANI...



בנמל באמסטרדם מלחים מזמרים
חלומות ניחרים שריחם ריח ים
בנמל באמסטרדם יש מלח הנרדם
ומולו התרנים מתייפחים בשנתם
בנמל באמסטרדם יש מלח הגוסס
בתוך בוץ שתוסס ריח בירה ודם
בנמל באמסטרדם יש מלח הנולד
בין אדיו החמים של השחר הקם

בנמל באמסטרדם יש מלח המכרסם
ראשיהם של דגים על שולחן מזוהם
הוא חושף את שיניו שרקבו טרם זמן
את שיניו שטרפו מפרשים וענן
מכרסם בזנב ובראש המפוצלח
וקורא לטבח - הי אתה עוד מנה
ולפתע הוא קם וכולו שיהוקים
את קרביו הוא מקיא לתעלות אמסטרדם

בנמל באמסטרדם שם רוקד לו מלח
ובלהט צובט לזונה שתצרח
הוא רוקד בגאון במכנס מזדקר
לקולם המנסר של שרידי אקורדיון
ולפתע כך סתם הוא תופסה בזרועה
ואיתה נעלם בחשכת אמסטרדם
ולמול הפנס הוא שולח ידו
.מרצ'רץ' המכנס ושולף את כבודו

בנמל באמסטרדם מלחים שם שותים
הם שותים ושותים הם שותים שוב שותים
הם שותים לשלומן של זונות הרציפים
שהרבה אלפים מעכו את גבן
לכבודן של פרוצות הנמכר בפרוטות
ומקנחים בבגדם את חוטמם זב הדם
וכשם נזכרים בבגידות נשותיהם
את המכנס הם פותחים ומשתינים עליהן.