quarta-feira, 22 de setembro de 2010

LE PROCHAIN AMOUR



Brel atribui às companheiras o germe das suas decepções, e portanto, tenta recomeçar sempre na esperança de encontrar a pérola rara, e ao mesmo tempo, secretamente, prever um novo desaire. E então, vive cada amor sob a forma de breves momentos, que há que consumir, com a alegria de partir para ir repescar a ternura, as esperanças loucas, os prazeres do coração e dos sentidos, o sortilégio da dor, a agitação das rupturas e, por fim, os desânimos. Esta canção é de 1961.

O Próximo amor (1961)

Por mais que se faça e que se diga que um homem prevenido vale por dois, por mais que faça e que se diga... Faz-nos bem estarmos apaixonados...

Portanto, sei que este próximo amor será para mim a próxima derrota...
Conheço já, à entrada da festa, a folha seca que será o amanhecer...
Eu sei, eu sei, mesmo sem saber o teu nome, que serei a tua próxima presa.
Eu já sei que é pelo seu rumorejar que os lagos metem os rios na prisão...

Eu sei, portanto, que este próximo amor não viverá até ao próximo Verão...
Eu já sei que o tempo dos beijos por dois caminhos não dura mais que uma encruzilhada...
Eu já sei que a próxima ventura será para mim a próxima guerra
e já conheço esse ditado terrível que diz que: “Um tem que chorar quando o outro é o vencedor...”

Eu sei, portanto, que este próximo amor, será para nós um novo reinado
do qual acreditaremos ambos levar os laços, do qual acreditaremos que só um de nós levará o benefício...
Eu sei, eu sei, que a minha meiga fraqueza fará de nós navios inimigos,
mas o meu coração conhece navios inimigos que partem juntos para pescar a ternura...

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