domingo, 24 de abril de 2011

MÁRIO MOURA



Há dias deparei com um artigo sobre JACQUES BREL num jornal açoriano. É da autoria do micaelense (com costela faialense) MÁRIO MOURA que me autorizou divulgá-lo neste espaço.
Aqui fica um excerto do texto de Mário Moura, intitulado "Je me pisse sur les femmes infidéles", e o link para aceder ao mesmo. Leiam porque vale a pena.

“...Concha, quando chegar ao porto de Amesterdão, vou dar este título à minha crónica: 'Ils [os marinheiros] pissent comme Je pleure sur les femmes infidèles.'
Lá, o ideal seria no próprio porto, vou querer ouvir à viva força 'Amsterdam.' Quero ouvi-la do princípio ao fim e do fim para o princípio, uma, duas, vezes sem fim, mas, se porventura, não encontrar por lá quem a cante de viva voz, não sei se haverá quem a cante por lá, é provável que haja, vou ouvi-la mo meu MP-4.
De qualquer modo, de viva voz ou apenas no MP-4, vou saborear cada letra, cada sílaba, cada estrofe.
Não vou cantá-la porque não tenho voz para tal, mas vou dizê-la porque a conheço de cor desde os tempos em que a ouvi por aqui e fiquei logo apaixonado pela sua intensidade absoluta. E verdade gritada.
E, se não houver quem a cante ou se o meu MP-4 se avariar, com voz de cana rachada ou não, não hesitarei em cantá-la só para mim.
Mas, talvez, só no porto de Amesterdão consiga atingir a perfeita e primordial magia da canção de Brel.
E, depois, depois de ouvi-la vezes e vezes, penso dizer a mim mesmo: para chegares onde queres, só te falta subir ao Pico. E pouco mais.”


E à laia de pacote de amêndoas para o Mário Moura aqui fica, neste Domingo de Páscoa, AMSTERDAM, por Isabelle Boulayuma canadiana de Montréal.

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