segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"ZO BREL" visto por RODOLPHE GUILLO

No dia 4 de Dezembro passado publiquei aqui o anúncio de mais um espectáculo em homenagem JACQUES BREL. Tratava-se de “ZO BREL”. Ora, um dos autores do site LA CHANSON DE JACKY, RODOLPHE GUILLO, foi ver este espectáculo, no dia 18, em Saint-Malo e publicou no seu BLOG as suas impressões sobre o que viu e ouviu. Tomo a liberdade de transcrever esse pequeno texto aqui no CANTO DO BREL.



“No porto de Saint-Malo, há artistas que interpretam os temas que os atormentam para lá de Saint-Malo”
Esta Sexta feira, 18 de Dezembro, enfrentando a neve, fui ver o espectáculo “Zo Brel” com Axel Chill, cantor e comediante, e Jean-Jacques Marin, pianista, que decorreu em Saint-Malo. Foi sobre um palco sóbrio, com um piano decorado com o desenho de duas margaridas e com dois bancos pequenos, que os dois companheiros representaram a comédia humana segundo Brel.

Se os textos permanecem, é claro, os mesmos, as músicas foram arranjadas de maneira diferente para permitir, a Axel Chill jogar com o seu talento de actor e Jean-Jacques Marin com o seu brilhantismo de pianista, a encenação dos textos. O conjunto das canções está organizado em consonância com os extractos mais marcantes da filosofia de Brel: as citações que ficaram célebres sobre a estupidez, o talento, o gosto da aventura...

O reportório apresentado é constituído por canções que jogam sobretudo com o contraste de sentimentos. Nada de "Ne me quitte pas", de "Chanson de Jacky" ou de "Marieke".

Começando com o pouco conhecido “Le cheval” , onde Axel Chill imediatamente demonstra sua capacidade de pantomima, fiquei logo fascinado pela sua interpretação
de "Fils de...", e verdadeiramente divertido com "Rosa", onde se passa da candura infantil e timidez pela segurança do estado amoroso à descoberta dos espinhosos problemas do amor. Tudo termina numa cena taciturna com “Ces gens-lá” lançando um véu de escuridão e melancolia sobre todos os temas tratados de modo tão divertido.

O espectáculo terminou sob o entusiasmo de um público fascinado e conquistado reclamando “mais uma, mais uma, mais uma!!!” Os intérpretes cumprimentaram, explicaram que o espectáculo era composto unicamente por canções de Brel, risos, o encenador agradeceu e concluiu: “Brel nunca fazia repetições (bis)”. A esperança floresceu e...Venha ver!!!

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