domingo, 3 de junho de 2012

JEAN DE BRUGES - A SEREIA


O segundo poema para o poema sinfónico de François Rauber chama-se A SEREIA, que tal como o de ontem terá transcrição em português e versão original, cantada pelo próprio BREL, e que se encontra no youtube AQUI.
Em 1956, Brel e Rauber encontram-se pela primeira vez e este encontro trouxe uma mudança radical no estilo de Brel em cima do palco. Brel cantava agarrado à sua viola tirando-lhe todas as hipóteses de se expressar a não ser pela voz. Rauber começou a orquestrar as canções que Brel escrevia e convenceu-o a libertar-se da viola… E assim nasceu um novo Brel. Com toda a sua teatralidade corporal em acção. A canção passou a ser uma peça de teatro com 3 minutos. As mãos, os braços, os dedos, os gestos, os olhares, passaram a dar vida aos bêbados, aos tímidos, aos velhos, aos militares,  e tantos, tantos outros.
A colaboração entre os dois artistas durou até ao último disco de Jacques, Les Marquises, lançado em 1977. 



Grande  contramestre da "Coquette"
Trinta anos de mar e de tempestades
A mim, Jean de Bruges
A mim, Jean de Bruges
Tu ofereces-me um copo, loiro e cheínho
Tu ofereces-me um copo de cerveja espumosa
E eu conto-te os meus amores
Sim, eles eram os mais estranhos da terra
Então ofereces-me esse  copo?

 Jean de Bruges, eis o teu copo
Jean de Bruges, eis a tua cerveja
O lúpulo vai dar-te o sentimento
E tu poderás chorar mais facilmente…

Era uma sereia estranha,
Era uma sereia estranha,
Metade sereia e metade anjo,
E já fazia um longo tempo de tempo,
Muito tempo de tempo, muito tempo de vento
Que a ouvíamos cantar à noite
E eu chorava como hoje
Deus, Deus, sob a lua, como ele era linda,
O mar era a sua renda
Ela chamava-me, ela chamava-me,
Ela amava-me como eu a amava
Uma noite, uma noite, cansado de ser Irmã Arme,
Uma noite de lânguido oceano,
Eu uni-me a ela na esquina de uma vaga
Ao longe adormecia Copenhaga.


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