Mostrar mensagens com a etiqueta Au suivant. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Au suivant. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

WENDE SNIJDERS



WENDE SNIJDERS nasceu em Beckenham, na Inglaterra (1978), mas muito cedo foi com a família para a Indonésia. Viveu também na Guiné Bissau e actualmente vive e trabalha na Holanda onde é reconhecida como excelente intérprete da canção francesa.
Do seu reportório constam várias canções de Jacques Brel.

Este é um exemplo. WENDE canta AU SUIVANT.

domingo, 26 de setembro de 2010

ALEX HARVEY BAND



AQUI falei no espectáculo JACQUES BREL IS ALIVE AND WELL AND LIVING IN PARIS que tem por base canções de Jacques Brel traduzidas para inglês, por Mort Shuman e Eric Blau.
Uma dessas canções, AU SUIVANT (NEXT), já teve variadas adaptações, e agora, um destes dias, descobri mais uma no youtube. Um versão por Alex Harvey Band, um grupo inglês que leva muito a sério esta interpretação de AU SUIVANT.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

AU SUIVANT

O SEGUINTE (1964)
Na canção que publico hoje, Au suivant, Brel monta uma cena conhecida por quem já foi à tropa. O dia da inspecção. Uma fila de homens nus aguarda a sua vez para receber o visto de entrada no exército. Para Jacques Brel o exército mata o gosto de viver e de amar. Fabrica, com os seus mitos de virilidade, os batalhões de impotentes. O comandante deste exército é representado por um “sargento com mau hálito”, tacanho e grosseiro, que gostaria de transformar o mundo numa enorme caserna, e que, enquanto espera por esse dia, ensina os jovens a “serem homens”.

O seguinte, o seguinte... Todo nu, enrolado numa toalha a fingir de tanga, eu tinha o rubor nas faces e o sabão na mão... O seguinte, o seguinte... Tinha precisamente vinte anos e éramos cento e vinte a ser o seguinte daquele que seguíamos... O seguinte, o seguinte... Tinha precisamente vinte anos e estava-me ali a desemburrar no bordel ambulante de um exército em campanha.

E eu que só queria um pouco mais de ternura, ou talvez um sorriso, ou quem sabe simplesmente ter tempo, mas... O seguinte, o seguinte! Não foi Waterloo, não, não, muito menos Arcole... Foi o ter faltado à escola que nestas alturas a gente se lamenta, o seguinte, o seguinte! Depois de escutar este sargento da trampa, não admira que se façam exércitos de impotentes... O seguinte, o seguinte...

Eu juro sobre a cabeça do meu primeiro esquentamento que esta voz que eu oiço a todo o momento, esta voz que cheira a alho, e a bagaço, é a voz das nações, é a voz do sangue, o seguinte, o seguinte... E agora, cada mulher, na hora de sucumbir entre os meus magríssimos braços parece dizer-me ao ouvido... o seguinte, o seguinte...

“Todos os seguintes do mundo deveriam dar as mãos...” Durante a noite sonho isto nos meus delírios, e quando não deliro chego à conclusão que é mais humilhante ser seguido, que ser o seguinte... Um dia vou fazer de aleijado, de freira ou de pedinte, enfim, uma dessas tretas, e não serei jamais... O seguinte, o seguinte....