
Mesmo após a consagração do seu valor a nível mundial JACQUES BREL não deixou de ter os seus “inimigos de estimação” e os seus “críticos demolidores”.
O caso mais conhecido é o de um tal 
Jean Dutourd, jornalista e aspirante a escritor, que demoliu de alto a baixo o espectáculo L’HOMME DE LA MANCHA nas páginas do jornal France-Soir.
Enquanto Maurice Chevalier, que assistiu à estreia, diz publicamente “Feliz o seu alfaiate, Brel. Você não pára de crescer”, o jornalista do France-Soir dizia mal da peça, do texto e da música. E acrescentava: “Salva-se a interpretação. Por acaso é muito boa o que faz sobressair a indigência da obra. Tudo parece insípido, a rondar a patetice com fórmulas  do tipo 
sonhar um  sonho impossível. Não dou os parabéns ao senhor Brel, que fez a adaptação da obra. O senhor Brel visivelmente não sabe inglês mas pelos vistos também não sabe francês.”
Jacques Brel  nunca esqueceu estas palavras  e nove anos depois responde ao senhor Dutourd numa canção 
KNOKKE-LE-ZOUTE TANGO  “Je la veux folle comme un travelo… cerclée de serpents et de plantes  Parmi les livres de Dutourd”É curioso como um inimigo passa à posteridade por causa de um verso de uma canção e não pela obra que deixou escrita. Alguém sabe quem é o Jean Dutourd?