segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

IF WE ONLY HAVE LOVE

Olivia Newton-John (1948) é uma cantora e actriz inglesa radicada na Austrália.
Em 1974, representou o Reino Unido, no Festival Eurovisão da Canção 1974, interpretando tema Long live love, que terminou em quarto lugar. Quatro anos depois fez sucesso com o filme Grease, onde o seu parceiro na tela era John Travolta, com quem faria outro filme em 1983, Two of a Kind, desta vez sem muito sucesso. Mais tarde e como protagonista fez o musical Xanadu onde contracenou com Gene Kelly.
No campo da música Physical e Magic são os seus maiores sucessos. Mas também gravou a versão inglesa da canção de Brel QUAND ON N’A QUE L’AMOUR. Perdeu toda a força breliana mas ganhou em xarope de framboesa...

Não resisto a mostrar mais uma versão inglesa da mesma canção, mas pelo super galã, hiper charmoso, Engelbert Humperdinck, com a sua voz à Las Vegas, a camisa desabotoada e a cruz ao peito! Vejam só o primeiro minuto e meio.


If We Only Have Love (texto de Mort Shuman)

If we only have love then tomorrow will dawn
And the days of our years will rise on that morn
If we only have love to embrace without fears
We will kiss with our eyes we will sleep without tears

If we only have love we can reach those in pain
We can heal all our wounds we can use our own name
If we only have love we can melt all the guns
And then give the new word to our daughters and our sons

Oh, if we only have love with our arms open wide
Then the young and the old will stand at our side
If we only have love we will never bow down
We'll be tall as the pines neither heroes nor clowns

If we only have love to be shared by all men
We will drink from a dram to be born once again
If we only have love if we only have love




domingo, 27 de fevereiro de 2011

MICHEL DESAUBIES




O cantor belga MICHEL DESAUBIES canta BREL no CENTRO CULTURAL REGIONAL DE VERVIERS no próximo dia 18 de Março.

Neste vídeo há dois excertos de canções do Grand Jacques.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BREL EM LISBOA E NO PORTO



Estão em exibição dois espectáculos no nosso país que têm no seu programa canções de JACQUES BREL.

No Teatro Sá da Bandeira, no Porto, um grupo de jovens de Cascais leva à cena, hoje e amanhã, um musical intitulado «Wojtyla». Uma homenagem ao Papa que morreu há 5 anos. Na peça são interpretados temas de compositores como Mick Jagger, Schubert, Andrew Lloyd Weber e Jacques Brel. Não faço ideia de que canção de Brel se trata, mas certamente não é LES BIGOTES.

Segundo a notícia que está AQUIA peça, que ganha relevância depois do anúncio da beatificação de João Paulo II no próximo dia 1 de Maio, no Vaticano, não pretende ser um relato histórico nem uma biografia, mas uma recolha de testemunhos.”
Talvez nesta peça sejam revelados testemunhos das crianças violadas pelos padres, que o Papa Wojtyla protegeu lá no Vaticano. Isso era muito bom. Em ano de beatificação era a melhor homenagem que se podia prestar a essas vítimas indefesas da igreja católica.


Em Lisboa MARIA GADÚ vai estar a 11 de Março no CCB e já tem a lotação esgotada para o seu concerto. Entre os vários autores que ela interpreta está Brel. Ela canta assim Ne me quitte pas...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

S'IL TE FAUT



SE PRECISAS (1955)

Se tu precisas de comboios para fugir em direcção à aventura.
E de brancos navios que te possam levar
à procura do sol para meteres pelos olhos dentro
ou à procura das canções que possas cantar, então...
Tu não compreendeste nada!

Se tu precisas da alvorada para acreditar no amanhã,
E dos amanhãs com esperança de reencontrar
a esperança que te fugiu das mãos…
Reencontrar a mão que a tua mão deixou, então...
Tu não compreendeste nada!

Se tu precisas das palavras ditas pelos velhos
para justificar todas as tuas renúncias…
Se a poesia para ti não é mais que um jogo,
e se toda a tua vida não é mais que um envelhecimento, então...
Tu não compreendeste nada!

Se tu precisas do tédio para te fingires profundo,
e do ruído das cidades para afogares os teus remorsos…
Se tu precisas das fraquezas para pareceres bom,
e das cóleras para pareceres forte, então...
Então tu não compreendeste nada!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ANIMA



Segundo informação das EDIÇÕES Jacques Brel, de 4 a 13 de Março realiza-se em Flagey, Bruxelas, a 30ª edição do festival de animação ANIMA.
No programa estão 118 curtas metragens e 9 longas metragens em competição, 3 longas metragens extra concurso, 9 retrospectivas e 9 sessões com convidados especiais.

No dia 7 às 18 horas será exibida a curta metragem RÉTROGRADE, de Bram Algoed, que tem a canção CES GENS-LÁ, de Brel, na sua banda sonora.

Como esta curta ainda não existe no youtube, aqui fica outra do mesmo autor. Chama-se BLUE e conquistou o 1º lugar no festival “FILMES DE 1 MINUTO/2009”, realizado também na Bélgica.
Uma das regras deste festival é que a banda sonora tem de ser tão eficaz como a imagem.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MARLENE DIETRICH




Marlene DIETRICH também cantou NE ME QUITTE PAS. Está neste vídeo gravado num espectáculo em Baden-Baden, no ano de 1963.

Bitte Geh Nicht Fort (ou Por favor não vá embora)

Bitte geh nicht fort! Was ich auch getan,
was ich auch gesagt, glaube nicht ein Wort!
Denk nicht mehr daran! Oft sagt man im Streit
Worte, die man dann später tief bereut.
Dabei wollt mein Herz ganz dein eigen sein,
denn ich liebe dich, lieb nur dich allein!

Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!
Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!

Bleibe nah bei mir, gib mir deine Hand!
Ich erzähle dir von dem fernen Land,
wo man keinen Zorn, keine Tränen kennt,
keine Macht der Welt Liebende mehr trennt.
Wo auf weiter Flur blüht kein Herzeleid,
wo ein Treueschwur hält für Ewigkeit.

Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!
Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!

Bitte geh nicht fort! Lass mich nicht allein!
Wenn du mich verlässt, stürzt der Himmel ein.
Lass uns so wie einst stumm am Fenster stehn,
traumverloren sehn wie die Nebel drehn.
Bis am Himmelszelt voll der Mond erscheint
unsre beiden Schatten liebevoll vereint.

Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!
Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!

Glaube mir ich werd' deine Sehnsucht stillen,
werd' dir jeden Wunsch dieser Welt erfüllen,
werde alles tun, was ich hab versäumt,
um die Frau zu sein, die du dir erträumt.
Lass mich nicht allein - ich beschwöre dich -
lass mich nicht allein, denn ich liebe dich!

Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!
Bitte geh nicht fort! Bitte geh nicht fort!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CHRISTOPH NAHRHOLDT




Do breliano de Minas Gerais, Rafael Moreira, recebi esta informação:
Liebesklaenge/Chansons d'Amour é o novo disco do cantor alemão Christoph Nahrholdt.
Nele estão incluídas interpretações de famosas canções pop e baladas folk de autores como Tom Waits, F.J. Degenhardt, Billy Joel e JACQUES BREL.
De Brel, Christoph canta em alemão AMSTERDAM e uma versão de VOIR UN AMI PLEURER com texto em francês do próprio Christoph.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

TOI, MOI, LES AUTRES





Pelas Edições Jacques Brel fui informado que se estreia dia 23 um filme musical intitulado TOI, MOI, LES AUTRES, de Audrey Estrougo, com Leila Bekthi, Benjamin Siksou e Cécile Cassel. O filme inclui a canção QUAND ON N’A QUE L’AMOUR de JACQUES BREL.

Infelizmente no trailer posto na net não consta a versão da canção de Brel.
No entanto, aqui vai...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VOICI




Jean Clouzet, um dos biógrafos de Brel, escreveu sobre esta canção:
”Uma composição como esta, aos olhos do seu autor, não é uma verdadeira canção, porque, segundo ele, o texto foi sacrificado por causa do arranjo musical. É mais como uma experiência. Foi como pôr as palavras sobre um “fugato” de órgão, trabalho que nunca foi feito antes... que eu saiba”.

AQUI ESTÁ (1958)

Aqui está um céu que debruça as suas nuvens sobre estes caminhos de Itália
para os apaixonados sem bagagem...
Aqui estão os vinhedos em socalcos para enfeitar as nossas vidas
de vinhos claros e flores novas...
Aqui estão os sinos repicando a festa, a festa onde
rimos os risos que ninguém cala...
Aqui estão os amores vestidos de branco, metade flor, metade fruto,
que nos invejam os anjos...
Aqui estão os ecos que dão as mãos para levar até ao infinito
os nossos “sempre” e os nossos “amo-te”...
Aqui estão as promessas de São João, de São João que duram a vida
das vidas que poupam o tempo...
Aqui está o tal sorriso dos nossos pais que nós procuramos à noite
para melhor acalmar a sua cólera...
Aqui está, que na encruzilhada das amizades, a dor que se desvanece
esmagada pelas nossas mãos apertadas...
Aqui está que nos nossos subúrbios desbotados, os padres das ladainhas
se tornaram operários...
Aqui estão as mãos enrugadas de coragem que acariciam a bancada
de onde brotará a obra-prima...
Aqui estão as flores crescendo num caos, entre nós e o inimigo,
para impedir a batalha...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MORT SHUMAN




MORT SHUMAN (1936/1991) foi um dos autores do espectáculo Jacques Brel is Alive and Well and Living in Paris. Também participou nele cantando AMSTERDAM.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FILIP JORDENS (2)




Das Edições Jacques Brel recebi a informação sobre um espectáculo de homenagem a Jacques Brel. É de 17 a 21 de Fevereiro no Espaço Delvaux em Boitsfort na Bélgica. Trata-se de um espectáculo que presta uma vibrante homenagem a Jacques Brel e que já AQUI referi.
Com FILIP JORDENS, Jacques Brel parece regressar ao palco, reencarnado, chegado das ilhas Marquesas para nos fazer vibrar uma vez mais com as suas canções inesquecíveis.
Tudo está lá: a semelhança física não fingida, a paixão incondicional de Brel e o seu repertório magistral, a entrega íntegra e não a cópia vulgar da pantomima, o fogo sagrado que canta a poesia, a interpretação perfeita da profundidade dos textos. Acompanhado por um pianista , um acordeonista e um contrabaixista, o jovem cantor flamengo está a fazer uma digressão que inclui títulos da juventude e da maturidade de Brel, tanto os de maior sucesso como os menos conhecidos, e que vão de Je ne sais pas a Ne me quitte pas, de Mathilde a Marieke, de Le Cheval a Les Singes, de Le Plat Pays a Amsterdam, de Les Fenêtres a Le Gaz...

Neste vídeo Jordens canta Le diable (ça va).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

IL PEUT PLEUVOIR



Surpreendendo os mais cépticos da Philips, em Paris, Jacques Canetti decide em Fevereiro de 1954 gravar um LP com 9 canções de Brel. O cantor é pela primeira vez confrontado com uma orquestra. Até aí as gravações que existem têm por base somente uma viola e um acordeão. Esta canção, Il peut pleuvoir, faz parte desse álbum histórico.

Hoje, num dia dos namorados bem chuvoso, vem a calhar...

PODE CHOVER (1953)

Pode chover sobre os passeios das grandes avenidas, que eu estou-me nas tintas...
Tenho a minha amada comigo... E a minha amada és tu!
E ao sol, lá em cima, que nos vira as costas com a sua auréola de nuvens,
Eu grito boa viagem!

Às poças de água que brilham sob as pernas das raparigas,
E aos néons faiscantes que nos lançam em cima salpicos de chuva,
Eu grito na brincadeira...

E às gentes que vêm e às gentes que vão, dia e noite, sempre à roda…
E às gentes que vêm e às gentes que vão, eu berro a plenos pulmões...

Há muita esperança sobre os passeios das grandes avenidas,
E eu sou rico, tenho a minha amada comigo...
E a minha amada és tu! És tu!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

PATRICK ARTERO




E porque hoje é Sábado aqui vai um pouco de jazz para descontrair. Trata-se de uma interpretação de MADELEINE, de Brel, pelo trompetista PATRICK ARTERO e o seu grupo.

Artero gravou em 2006 um CD com 14 faixas, todas versões jazzísticas de canções de Brel.
Por agora fiquem com Madeleine. ATÉ JAZZ !

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LA BD CHANTE BREL (8)



ALEC SEVERIN, nascido em 1963 na Bélgica, é um autor de BD e ilustrador que também deu o seu contributo para ilustrar uma canção de Jacques Brel.

Em 2008 Severin abandonou a sua carreira de artista gráfico.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

J'EN APPELLE

Jacques Brel nos tempos da sua juventude foi membro de um movimento católico juvenil. Esta associação tinha por objectivo organizar concertos/espectáculos para auxiliar os necessitados. Um dos lemas desse movimento - La Franche Cordée - era
“Sê simples e sóbrio, despoja o teu coração e o teu espírito de inúteis bagagens. Escolhe e conserva o essencial”. Motivado por estes princípios Brel escreve as suas primeiras canções num estilo muito lírico. No entanto nesta, J’en appellle, ele já manifesta o “desejo inacreditável de se querer realizar”.


EU APELO (1957)

Eu apelo às casas carregadas de luz, eu apelo aos amores que cantam os rios...
À explosão azul das manhãs de Primavera
Ao vigor juvenil das raparigas que têm vinte anos...
À frescura de um velho poço no deserto...
À estrela que espera por um velho perdido...
Para que surja em nós, mais forte que um desejo,
Um desejo inacreditável de nos querermos realizar,
Desejando ser mais modestos que orgulhosos,
Desejando ser mais tolerantes que perversos...

Eu apelo ao teu riso que tu esbanjas ao sol...
Eu apelo ao teu choro com nenhum outro parecido...
Ao silêncio feliz que fala docemente...
A essas palavras que não dizem nada senão quando lidas...
À vagarosa mão do nosso amor sincero...
Aos nossos vinte anos, encontrados em tudo o que deles se espera...
Para que surja em nós, e mais forte que um desejo,
O desejo inacreditável de nos querermos realizar,
Preferindo muito mais a felicidade imensa e a alegria tranquila,
Do que qualquer glória inútil...


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM A BREL




Pierre Rittre e os seus músicos vão interpretar vinte e seis canções de Jacques Brel, indo de Les Timides a Amsterdam, de Vesoul a Quand on a que l’amour.
Pierre tem uma voz quente, poderosa e liberta uma energia que lhe permite cantar todos os sucessos de Brel. Ele evoca espontaneamente Jacques Brel, sem o imitar.
O espectáculo é na próxima Sexta-feira, 11, na Salle des Fêtes em Le Coteau, perto de Lyon.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ALDO MACCIONE



No dia 26 de Dezembro de 2009 falei AQUI no filme L’AVENTURE C’EST L’AVENTURE. É uma comédia de 1972, com Jacques Brel, Lino Ventura, Charles Denner, Aldo Maccione, Charles Gérard e realizada por Claude Lelouch.

O filme tem cenas inesquecíveis como esta, que está disponível no youtube. O membro da quadrilha Aldo (interpretado por ALDO MACCIONE) dá uma lição aos colegas: “Como se engata uma garina na praia”… E aqui estão os cinco manguelas em acção! Divirtam-se e não pensem mais nisso...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

C'EST COMME ÇA



É ASSIM (1955)

No campo há raparigas que vão buscar água às fontes...
As raparigas fazem fila, airosas, falando muito alto. E falam do fogo e da água...
E é assim que o mundo gira e não há nada a fazer para mudar isto,
É assim que o mundo gira e é melhor a gente não lhe tocar...

Junto das raparigas estão os rapazes, os altos, os magros e os gordos, que galhofam baixinho.
Os morenos, os ruivos e os loiros que falam dos seus velhotes... E dos olhos da Luísa...

Perto dos rapazes, estão os seus velhotes, que têm um ar grave e severo, e que cheiram a cerveja...
Gritam por tudo e por nada, e à noite saem pelas traseiras, para ir à taberna jogar às cartas...

Na taberna estão lá os parceiros. E todos bebem avidamente, esvaziando copos atrás de copos.
E esses tais parceiros, de que eles tanto gostam, vão fazê-los chegar à madrugada, de rastos...
E com os bolsos vazios...

Perto dos parceiros está a cidade, a cidade imensa e inútil que me enoja,
a cidade com os seus prazeres abjectos, que fede à gasolina dos automóveis...
Ou à guerra civil...

Perto da cidade está o campo, onde as raparigas morenas e loiras fazem rodas.
E, pela planície e pela montanha, deixemo-las fechar a roda das boas gentes deste mundo...
E é melhor não lhe tocar, e é melhor não lhe tocar...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

BRUNO PELLETIER



BRUNO PELLETIER nasceu em Agosto de 1962 no Quebec, Canadá. Em 1989 funda um grupo de rock e em 1990 consegue o seu primeiro contrato discográfico. Em 1993 participa na ópera rock parisiense STARMANIA, em 1998 no espectáculo musical Notre-Damme de Paris e em 2004 no musical DRACULA- Entre l'amour et la mort.
Pelo caminho gravou 10 discos onde também participou como compositor e orquestrador.
No seu reportório tem versões de Jacques Brel como esta:

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

WENDE SNIJDERS



WENDE SNIJDERS nasceu em Beckenham, na Inglaterra (1978), mas muito cedo foi com a família para a Indonésia. Viveu também na Guiné Bissau e actualmente vive e trabalha na Holanda onde é reconhecida como excelente intérprete da canção francesa.
Do seu reportório constam várias canções de Jacques Brel.

Este é um exemplo. WENDE canta AU SUIVANT.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

DANIEL DEGIMBE



Daniel Degimbe canta Brel no Café Teatro AU B’IZOU, em Anderlecht, Bélgica.
O cantor belga esperou 45 anos para dar os seus primeiros passos nos palcos. Começou por escrever uma comédia musical com o pseudónimo de Daniel Brusselle agarrando no reportório do GRAND JACQUES.
Hoje já é considerado um dos melhores intérpretes do autor de AMSTERDAM. Formado na área do riso ele sabe explorar ao máximo a sua voz quente e próxima daquele que ele nos quer fazer redescobrir… sem contudo o imitar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

LA HAINE



LA HAINE, faz parte do primeiro LP que Brel gravou em Fevereiro de 1954. Disco pouco vendido teve também pouca aceitação por parte da crítica francesa. Brel, porém, não desiste nem se desmoraliza com o que dizem dele na imprensa. Distancia-se e continua a trabalhar arduamente, em busca de um lugar ao sol. Repetirá imensas vezes “não sou um poeta, sou um artista de variedades”.
Em La Haine Brel verte todo o seu azedume e “como um bêbado berra a sua cantiga” contra uma musa/sociedade que “destila cada dia o tédio e a banalidade”.
A canção começa com palavras premonitórias: “Como um marinheiro partirei...” Vinte anos depois ele partirá de Antuérpia, e como um marinheiro, faz-se ao mar para dar a volta ao mundo num veleiro.


A RAIVA (1954)


Como um marinheiro partirei para me ir divertir com as raparigas,
E se tu nunca choraste minha alma ficará parva...
Como um marujo partirei para ir rezar ao bom Deus,
E se tu nunca sofreste, eu não vou poder rezar mais...

Tu não cometeste outro pecado que não fosse destilar cada dia
O tédio e a vulgaridade de, enquanto outros destilam o amor.
E mil dias por uma noite, eis o que tu me deste.
Pintaste o nosso amor de negro, terminaste a nossa eternidade...

Como um bêbado partirei para ir berrar a minha cantiga,
E se tu nunca a entendeste vou agradecer ao diabo...
Como um soldado partirei e morrerei como morrem as crianças,
E se tu nunca morreste eu vou querer regressar vivo...

E tu, tu rezas, e tu, tu choras, todos os dias, todos os anos,
É como se com flores nós juntássemos dois continentes...
O amor está morto, viva a raiva, e tu, coisa sem nome,
Vai pendurar o teu sofrimento no museu dos amores falhados...

Como um bêbado partirei para ir berrar a minha cantiga
E se tu nunca a entendeste vou agradecer ao diabo...



E esta é uma versão de LA HAINE em polaco feita pelo Teatr Kochanowskiego w Opolu em 2008.