Estou a chegar (1968)
De crisântemos em crisântemos as nossas amizades estão de partida. De crisântemos em crisântemos a morte enforca as nossas dulcineias. De crisântemos em crisântemos as outras flores fazem o que podem. De crisântemos em crisântemos os homens choram, as mulheres chovem...
Estou a chegar, estou a chegar... Mas, o que é que eu teria preferido? Uma vez mais arrastar os meus ossos até ao sol, até ao Verão, até à Primavera, até amanhã...?
Estou a chegar, estou a chegar... Mas, o que é que eu teria preferido? Uma vez mais ver se o rio é ainda rio, ver se o porto ainda é porto, e ver-me lá, ainda...
Estou a chegar... Estou a chegar, mas porquê eu, porquê agora, porquê já, e ir, aonde?...
Estou chegar, com certeza, estou a chegar, mas terei eu feito alguma coisa que não fosse “estar a chegar”?
De crisântemos em crisântemos, cada vez mais sozinho. De crisântemos em crisântemos, cada vez mais supranumerário...
Estou a chegar, estou a chegar, mas, o que é que eu teria preferido?... Uma vez mais apanhar um amor, como quem apanha um comboio, para não mais estar só, para estar bem, algures...
Estou a chegar, estou a chegar, mas, o que é que eu teria preferido? Uma vez mais encher de estrelas um corpo que treme e cai morto, queimado pelo amor, o coração em cinzas...
Estou a chegar, estou a chegar... Não és tu que te estás a adiantar, sou eu que me estou a atrasar...
Estou a chegar, estou a chegar, mas terei eu feito alguma coisa que não fosse “estar a chegar”?
terça-feira, 21 de agosto de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
TOP ONE
Das EDIÇÕES JACQUES
BREL recebi esta informação: THE GUARDIAN (jornal inglês) classificou BREL , com Amsterdam, como sendo o MAIS REPRESENTATIVO da pop belga. (Ele recolheu mais de 2.000
votos entre os 3.200 votantes)
sábado, 30 de junho de 2012
HANN-BIN
O coreano-americano é
jovem, é extravagante e também é, rezam os relatos, inesquecível. Lou Reed,
Laurie Anderson e Madonna são fãs.
A sua mais recente
aventura musical dá pelo nome de "Till Dawn Sunday" e define-se como
"aquilo que aconteceria se Judy Garland, Freddie Mercury, Donna Summer
Charlie Chaplin e Jacques Brel se
juntassem para levar à Broadway um espectáculo de violino" - palavras do
próprio. É violinista, mas não é um violinista qualquer. Não vale só pela
sólida formação clássica; vale, isso sim, pela capacidade de fazer com que
vários universos converjam nos seus espectáculos.
Podemos vê-lo no Lux Frágil em Lisboa - Av. Infante D. Henrique - Armazém A (Cais
da Pedra a Santa Apolónia)
10-07. Terça às 22h00 .
Eis um excerto do
virtuosismo e excentricidade do senhor HANN-BIN…
.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
L.
A cantora francesa Raphaële Lannadère, conhecida apenas
como L., esteve recentemente no Brasil para
dar um concerto apresentando clássicos memoráveis, eternizados por artistas
como Edith Piaf, Leo Ferré, Barbara e Jacques
Brel.
Nascida em 1981, a cantora vem
construindo uma trajectória sólida. A voz foi lapidada num grupo de canções
polifónicas, no qual interpretava cantores do mundo todo. Em 2002, Raphaële
Lannadère fez seu primeiro concerto público. Para a temporada brasileira, L.preparou um reportório que
promove um passeio por seus mais conhecidos sucessos, mas o foco é o recente CD "Initiale", lançado no ano passado e que a levou a ganhar o prémio Félix-Leclerc de
la Chanson. No disco, L. tem a parceria da pianista Donia Berriri, do violoncelista Julian Lefevre e do talentoso director e arranjador David Babin – mais conhecido por Babx.
Etiquetas:
Babx,
David Babin,
Donia Berriri,
Julian Lefevre,
Raphaële Lannadère
quinta-feira, 14 de junho de 2012
BREL in milanese
Amanhã, no
Teatro De la Memoria em Milão, realiza-se o concerto em memória de JACQUES BREL
“WALTER
DI GEMMA canta BREL in milanese”.
Esta
informação é das Edições Jacques Brel que acrescenta, que as canções são traduzidas pelo próprio WALTER DI GEMMA e apresentadas e comentadas por monólogos recitados por Cristiana
Tirabassi.
Nesta página do site de Walter podemos vê-lo interpretar várias canções em milanês.
E agora …"Les bigotes" por Walter di gema...
Etiquetas:
Cristiana Tirabassi,
Jacques Brel,
Teatro della Memoria,
WALTER DI GEMMA
quinta-feira, 7 de junho de 2012
CANTANDO BREL
“Em
31 de Janeiro de 1986, aconteceu em Lisboa um espectáculo que foi das
coisas mais maravilhosas a que assisti na minha vida. Foi um
espectáculo de homenagem a Jacques Brel, que se chamou "Cantando
Brel" e a ideia partiu do Instituto Franco-Português, que convidou alguns
dos maiores cantores e músicos portugueses. O espectáculo teve a participação
de Carlos do Carmo, Teresa Silva Carvalho, José Mário Branco, Sérgio
Godinho, Vitorino e Janita Salomé.”
É assim que FRANCISCO GRAVE, autor do blog “CITIZEN GRAVE”
começa um post sobre um espectáculo que aconteceu em Lisboa no princípio do ano
de 1986. Para saber mais sobre o que aconteceu naquela noite no
Instituto Franco-Português basta clicar AQUI.quarta-feira, 6 de junho de 2012
MARVIN LORENZ '94
Segundo consta no seu perfil, Marvin tem 18 anos, é alemão e adora desenhar, especialmente caricaturas.
Obrigado Rafael.
Herzlichen Glückwunsch Marvin !
terça-feira, 5 de junho de 2012
LA VALSE DE BREL
A "VALSA DE BREL" é o resultado de uma aventura musical e faz reviver os sentimentos do
coração e o corpo de Jacques Brel. A sua poesia deriva de um imaginário fértil
e saboroso. Tudo por aí passa, "Madeleine" "Jef", "Mon
enfance", "Amsterdam" e muitos outros.Yann Denis, que tem uma
voz muito subtil, não imita BREL, ele
canta-o, ele interpreta-o.
Através desse
universo particular, YANN DENIS e o seu pianista Jean-Louis Beydon oferecem uma
viagem extraordinária, cheia de emoções, descobertas e comunhão musical. A
valsa de Brel é um espetáculo único, vibrante, que inflama em cada
representação, os variados públicos, emocionados e estupefactos pela força do
trabalho revisitado.
Este convite
a redescobrir o reportório de Jacques Brel através de uma leitura única, apoiada
por um piano virtuoso explosivo, ninguém pode ficar indiferente e vai escutar de
uma outra maneira este património excepcional.
O espectáculo
“VALSA DE BREL” foi criado em 2003 e tam percorrido a França, a Bélgica, a
Suiça e adapta-se às salas mais intimistas ou às mais prestigiadas.
Bem vindo à “VALSA
DE BREL”.
Etiquetas:
Jacques Brel,
Jean-Louis Beydon,
YANN DENIS
segunda-feira, 4 de junho de 2012
JEAN DE BRUGES - O FURACÃO
O
Furacão é 3ª e última
parte do poema sinfónico JEAN DE BRUGES escrito e dramatizado por
Jacques Brel e com música sinfónica de FRANÇOIS
RAUBER. Encontra-se AQUI no youtube.
Neste poema o velho
marinheiro fanfarrão Jean de Bruges conta que “enfrentou o maior furacão do mundo. Uma coisa medonha. Nunca vista. Foi
de tal maneira que destruiu a costa norte da Bélgica, onde se encontra Bruges,
dividindo a terra para formar os arredores de Bruges que tomaram então o nome
de Inglaterra.”
No mesmo disco, que se
intitulou “Jacques Brel chante la Belgique”, (edição Barclay)
estava ainda a canção “Il neige sur Liège”.
Este é, portanto, um
disco raríssimo. Um disco que deve valer uns milhares de euros. Se o
encontrarem por aí nalguma feira, nalgum alfarrabista, avisem por favor.
A mim, Jean de Bruges
Grande contramestre da
"Coquette"
Trinta anos de mar e de tempestades
A mim, Jean de Bruges
A mim, tu ofereces-me um copo, loiro e cheínho
Tu ofereces-me um copo de cerveja espumosa
E eu conto-te um furacão
O mais terrível furacão
Que fez tremer a terra
Então ofereces-me esse copo?
Jean de Bruges, eis o teu copo
Jean de Bruges, eis a tua cerveja
O lúpulo vai dar-te o entusiasmo
E tu poderás melhor meter-nos medo…
Credo, credo, era um furacão
Primeiro o vento, um vento perverso
Muito quente, muito pesado, muito cinza, muito forte,
Um vento terrível como a morte,
E depois a chuva, a chuva
Que vem, que vai,
Que agride, que morde, que bate,
Uma chuva real de Golgota
Adeus meu Bruges
Adeus meu Brugense
Tenho medo, rezo, choro, tenho frio
Acreditei que ia morrer desta vez
Cheguei mais alto que uma nuvem.
E mais negra do que um pecado, mais longa que uma viagem
Uma onda construída de pedra e de aço
A todo o vapor avançou como o animal ferido.
De repente, ela levantou-se sobre as ondas de trás
A cabeça no céu e os pés no inferno
E, em seguida, caindo a onda quebrou tudo.
As montanhas desapareceram, os oceanos nasceram
E ela fez uma ilha,
Ao cair em terra
Neste subúrbio de Bruges
A que chamamos Inglaterra.
Jean de Bruges, o teu furacão
Vai contá-lo a Ghent
Burguês, transeunte, padre, vigário,
Poeta, comerciante, soldado, notário,
Se não queres que eles te devorem,
É melhor pagar, pagar para beber,
Antes da história que depois da história
De Jean de Bruges.
Etiquetas:
François Rauber,
Jacques Brel,
JEAN DE BRUGES
domingo, 3 de junho de 2012
JEAN DE BRUGES - A SEREIA
O segundo poema para o poema sinfónico de François Rauber chama-se A SEREIA, que tal como o de ontem terá transcrição em português e versão original, cantada pelo próprio BREL, e que se encontra no youtube AQUI.
Em 1956, Brel e Rauber encontram-se pela primeira vez e este encontro trouxe uma mudança radical no estilo de Brel em cima do palco. Brel cantava agarrado à sua viola tirando-lhe todas as hipóteses de se expressar a não ser pela voz. Rauber começou a orquestrar as canções que Brel escrevia e convenceu-o a libertar-se da viola… E assim nasceu um novo Brel. Com toda a sua teatralidade corporal em acção. A canção passou a ser uma peça de teatro com 3 minutos. As mãos, os braços, os dedos, os gestos, os olhares, passaram a dar vida aos bêbados, aos tímidos, aos velhos, aos militares, e tantos, tantos outros.
A colaboração entre os dois artistas durou até ao último disco de Jacques, Les Marquises, lançado em 1977.
Grande contramestre da "Coquette"
Trinta anos de mar e de tempestades
A mim, Jean de Bruges
A mim, Jean de Bruges
Tu ofereces-me um copo, loiro e cheínho
Tu ofereces-me um copo de cerveja espumosa
E eu conto-te os meus amores
Sim, eles eram os mais estranhos da terra
Então ofereces-me esse copo?
Jean de Bruges, eis o teu copo
Jean de Bruges, eis a tua cerveja
O lúpulo vai dar-te o sentimento
E tu poderás chorar mais facilmente…
Era uma sereia estranha,
Era uma sereia estranha,
Metade sereia e metade anjo,
E já fazia um longo tempo de tempo,
Muito tempo de tempo, muito tempo de vento
Que a ouvíamos cantar à noite
E eu chorava como hoje
Deus, Deus, sob a lua, como ele era linda,
O mar era a sua renda
Ela chamava-me, ela chamava-me,
Ela amava-me como eu a amava
Uma noite, uma noite, cansado de ser Irmã Arme,
Uma noite de lânguido oceano,
Eu uni-me a ela na esquina de uma vaga
Ao longe adormecia Copenhaga.
Etiquetas:
François Rauber,
Jacques Brel,
JEAN DE BRUGES
sábado, 2 de junho de 2012
JEAN DE BRUGES - A BALEIA
Em 1963 o orquestrador
de Jacques Brel, FRANÇOIS RAUBER (1933/2003), que tinha formação clássica em
piano, pediu a Brel um poema que ele pudesse orquestrar para concorrer a um
concurso da Academia Francesa. Brel escreveu 3 poemas baseados numa figura
mítica belga chamada JEAN DE BRUGES. Um
velho marinheiro que a troco de uma cerveja contava aventuras fantásticas que tinha vivido por esses mares e
oceanos.
Hoje vou transcrever o
primeiro dos poemas sinfónicos traduzido para português – A BALEIA – e transferir
do YOUTUBE a versão original da canção veio de um disco de Brel que nunca
esteve à venda. Foram feitas umas dezenas de cópias para oferecer numa festa
relacionada com velhos marinheiros belgas.
A mim, a mim, Jean de Bruges
Grande contramestre da
"Coquette"
Trinta anos de mar e de tempestades
A mim, Jean de Bruges
A mim, tu ofereces-me um copo, loiro e cheínho
Tu ofereces-me um copo de cerveja espumosa
E eu conto-te já
A minha pesca com um cachalote
Que era sem dúvida o maior da terra
Então ofereces-me esse copo?
Jean de Bruges, aqui está o teu copo
Jean de Bruges, aqui está a tua cerveja
O lúpulo vai-te fazer falar
E tu mentirás mais facilmente…
Era uma baleia enorme
Era uma baleia enorme
Comprida como um canal de chuva
Grande como uma cervejaria
Com olhos como sóis
Como nunca viste parecidos
Era uma baleia enorme, enorme
Na "Coquette" todo a
gente rezava
Esta baleia é o fim do mundo
Gritava, gritava no mastro da proa
Gritava, gritava o capitão
Mas é o inferno e o seu demónio
Gritou, gritou o marujo
Mas eu , mas eu
Sem medo no extremo da ponte
Com minhas facas e arpões,
Eu saltei-lhe sobre as costas
Feri-o, matei-o
Acabou-se o cachalote
Ele sangrou, sangrou,
Mas não o pudemos trazer
Foi no Mar do Oriente
Nem mais uma única baleia lá se move
E este mar, é o Mar Vermelho.
Ah Jean de Bruges,
Esta baleia, mataste-a para nós
cem vezes
Ah Jean de Bruges,
Esta baleia, ela é tanto nossa quanto tua.
Etiquetas:
François Rauber,
Jacques Brel,
JEAN DE BRUGES
quarta-feira, 30 de maio de 2012
“Je chante, persiste et signe”
Das Edições JACQUES BREL recebi mais esta informação sobre
uma homenagem ao Grand Jacques. Nos próximos dias 1 e 2 de Junho uma exposição
itinerante intitulada “Je chante, persiste et signe” em Île-de-France.
É uma organização “LES LILAS FÊTENT”. Em cima, o cartaz/programa
do evento onde podemos ver os nomes de
outros cantores homenageados.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
JANETE CECIN
Hoje e amanhã, em Porto Alegre (Brasil), canções famosas de Edith Piaf,
Charles Aznavour, Serge Gainsbourg, Yves Montand e JACQUES
BREL, integram o novo espetáculo"OUI, C'EST PARIS, PARIS!", de
Janete Cecin. Acompanhada com o seu acordeão francês,
violão e teclados, ela conduz seus espectadores por uma viagem a uma velha
França através de sons, imagens e aromas
com participação de Bernard Jean Marie e Tânia Maycá.
Como não encontrei excertos do concerto no youtube aqui fica
um bocadinho de um show anterior de Janete Cecin intitulado “Le show des
chapeux”…
Etiquetas:
Bernard Jean Marie,
Jacques Brel,
Janete Cecin,
Tânia Maycá
terça-feira, 22 de maio de 2012
JOSÉ RAPOSO
Na última sessão de
«A Tua Cara Não Me É Estranha», programa dominical da TVI, José Raposo
interpretou «Ne Me Quitte Pas» de Jacques Brel.
Não me desiludiu porque,
como se trata de um programa de imitações e não de recriações, José
Raposo cumpriu bem a sua parte.
Sabendo a produção do
programa que Raposo é um grande actor podia muito bem ter escolhido para a sua
a participação uma canção mais “teatral”: Amsterdam ou La Valse à mille temps… por
exemplo.
Mas pronto. Parabéns José Raposo!
NESTE SITE a
interpretação de Ne me quitte pas…
Etiquetas:
A tua cara não me é estranha,
Jacques Brel,
José Raposo,
TVI
segunda-feira, 21 de maio de 2012
VAL LÉVY
Um concerto de homenagem a JACQUES BREL teve lugar na sala
de festas de Moyeuvre (Moselle) no passado mês de Abril. O concerto
intitulou-se "ERA UMA VEZ BREL" e foi interpretado por VAL LÉVY e FRÉDÉRIC
BUCH.
sábado, 19 de maio de 2012
BREL EM CENA
Vários espectáculos dedicados a JACQUES BREL têm estado em
cena na França e na Bélgica.
É o caso de ROBERT CANGILAC acompanhado por Robert Macé...
De PHILIPPE ANDRÉ o espectáculo “De Toulouse a Bruxelles”...
De M.BEAUFILS , J. LE
POITEVIN , P. GUILLEMOTEAU, "La Rencontre", um reencontro imaginado entre Brel, Ferré e Brassens…
e destes, talvez o espectáculo mais antigo em cena, será o de GUILLAUME NOCTURNE intitulado: “Ce
soir, j'attends Madeleine”...
Subscrever:
Mensagens (Atom)