Mostrar mensagens com a etiqueta Jacques Brel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jacques Brel. Mostrar todas as mensagens

sábado, 30 de junho de 2012

HANN-BIN



O coreano-americano é jovem, é extravagante e também é, rezam os relatos, inesquecível. Lou Reed, Laurie Anderson e Madonna são fãs.
A sua mais recente aventura musical dá pelo nome de "Till Dawn Sunday" e define-se como "aquilo que aconteceria se Judy Garland, Freddie Mercury, Donna Summer Charlie Chaplin e Jacques Brel se juntassem para levar à Broadway um espectáculo de violino" - palavras do próprio. É violinista, mas não é um violinista qualquer. Não vale só pela sólida formação clássica; vale, isso sim, pela capacidade de fazer com que vários universos converjam nos seus espectáculos.

Podemos vê-lo no Lux Frágil em Lisboa - Av. Infante D. Henrique - Armazém A (Cais da Pedra a Santa Apolónia)
10-07. Terça às 22h00 . 

Eis um excerto do virtuosismo e  excentricidade do senhor HANN-BIN…

quarta-feira, 6 de junho de 2012

MARVIN LORENZ '94



O meu amigo Rafael, um breliano do "Brasiu", encontrou num blog - MARVIN LORENZ '94 - que contém esta pequena preciosidade: Uma caricatura de JACQUES BREL. 
Segundo consta no seu perfil, Marvin tem 18 anos, é alemão e adora  desenhar, especialmente caricaturas.


Obrigado Rafael.


Herzlichen Glückwunsch Marvin !



segunda-feira, 4 de junho de 2012

JEAN DE BRUGES - O FURACÃO


O Furacão é 3ª e última parte do poema sinfónico JEAN DE BRUGES escrito e dramatizado por Jacques Brel e com música sinfónica de FRANÇOIS RAUBER. Encontra-se AQUI no youtube.
Neste poema o velho marinheiro fanfarrão Jean de  Bruges conta que “enfrentou o maior furacão do mundo. Uma coisa medonha. Nunca vista. Foi de tal maneira que destruiu a costa norte da Bélgica, onde se encontra Bruges, dividindo a terra para formar os arredores de Bruges que tomaram então o nome de  Inglaterra.
No mesmo disco, que se intitulou “Jacques Brel chante la Belgique”, (edição Barclay)
estava ainda a canção “Il neige sur Liège”.
Este é, portanto, um disco raríssimo. Um disco que deve valer uns milhares de euros. Se o encontrarem por aí nalguma feira, nalgum alfarrabista, avisem por favor.




A mim,  Jean de Bruges
Grande  contramestre da "Coquette"
Trinta anos de mar e de tempestades
A mim, Jean de Bruges
A mim, tu ofereces-me um copo, loiro e cheínho
Tu ofereces-me um copo de cerveja espumosa
E eu conto-te um furacão
O mais terrível furacão
Que fez tremer a terra
Então ofereces-me esse  copo?

Jean de Bruges, eis o teu copo
Jean de Bruges, eis a tua cerveja
O lúpulo vai dar-te o entusiasmo
E tu poderás melhor meter-nos medo…

Credo, credo, era um furacão
Primeiro o vento, um vento perverso
Muito quente, muito pesado, muito cinza, muito forte,
Um vento terrível como a morte,
E depois a chuva, a chuva
Que  vem, que vai,
Que agride, que morde, que bate,
Uma chuva real de Golgota

Adeus meu Bruges
Adeus meu Brugense
Tenho medo, rezo, choro, tenho frio
Acreditei que ia morrer desta vez
Cheguei mais alto que uma nuvem.

E mais negra do que um pecado, mais longa que uma viagem
Uma onda construída de pedra e de aço 
A todo o vapor avançou como o animal ferido.
De repente, ela levantou-se sobre as ondas de trás
A cabeça no céu e os pés no inferno
E, em seguida, caindo a onda quebrou tudo.
As montanhas desapareceram, os oceanos nasceram
E ela fez uma ilha,
Ao cair em terra
Neste subúrbio de Bruges
A que chamamos Inglaterra.

Jean de Bruges, o teu furacão
Vai  contá-lo a Ghent
Burguês, transeunte, padre, vigário,
Poeta, comerciante, soldado, notário,
Se não queres que eles te devorem,
É melhor pagar, pagar para beber,
Antes da história que depois da história
De Jean de Bruges.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

BERNARDO SASSETTI


                                               In memoriam


Quand on’a que l’amour , (Jacques BREL) voz CARLOS DO CARMO, piano BERNARDO SASSETTI.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

BREL,entre os magníficos


JACQUES BREL entre os magníficos!
“LES MAGNIFIQUES”, é o último livro de NICOLAS CROUSSE – escritor, ensaísta e jornalista no Le Soir. O livro homenageia os monstros sagrados da canção francesa.
LES MAGNIFIQUES – Une autre histoire de la chanson française, foi editado  pela editora Flammarion, colecção  POPCulture.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

DE PASSIE EN DE PIJN


Na continuação da divulgação de livros sobre JACQUES BREL aqui está mais um, escrito em 1998, por Johan Anthierens.
Johan Anthierens (1937/2000) era um jornalista, publicitário, crítico e escritor flamengo, que em 1998 escreveu "DE PASSIE EN DE PIJN".

terça-feira, 1 de maio de 2012

LE GOÛT DE TAHITI




Das edições MERCURE DE FRANCE está à venda o livro  “LE GOÛT DE TAHITI”  escrito por  Tristan Savin. No livro foi publicado o texto da canção de JACQUES BREL “Les Marquises”.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ARNIE JOHNSTON


Ao longo dos últimos vinte anos Arnie Johnston tem sido considerado como talvez o mais importante tradutor para a língua inglesa das canções de JACQUES BREL. Porém, além de tradutor Arnie também interpreta as suas traduções.
No seu CD de 1997 “Jacques Brel: I’m here!” Arnie interpreta dezanove das suas mais ou menos oitenta de traduções de Brel. 

Num CD de 2011, “By the Riverbank”, Arnie Johnston apresenta quinze dos seus textos traduzidas (por poetas franceses da época) para canções do compositor francês do século XIX Gabriel Fauré, executados por artistas famosos de cabaré de Chicago com arranjos de jazz.
Diversas revistas americanas (New York City, Chicago, Houston, Boca Raton, Cincinnati, and Kalamazoo) têm  publicado as traduções deste professor universitário, professor de literatura na Wayne State University. 

A mais recente produção de Arnie, com  traduções de Brel,  tem sido levado à cena em locais como Nova Iorque e Chicago. Trata-se co concerto” Jacques Brel's Lonesome Losers of the Night”, que teve óptimas críticas  e casas cheias, no Outono de 2008 e Verão 2009. 

Membro da Dramatists Guild and the American Literary Translators Association, Arnie oferece agora “Songs You Thought You Knew” , um concerto com suas versões de canções de Brel, Gabriel Fauré, Edith Piaf, Kurt Weill, Charles Aznavour e outros. Para este concerto Arnie terá como convidado  extra-especial, D.NEIL BREMER, um guitarrista de excepção.

ARNIE JOHNSTON actuará no dia 8 de Maio na Biblioteca Pública de Kalamazoo.

sábado, 31 de março de 2012

LA BD CHANTE BREL (15)


CHARLES JARRY, desenhador belga nascido em Bruxelas (1942) começou a sua carreira nas artes gráficas na área da publicidade. A partir de 1967 começou a fazer pequenas histórias para a Revista TINTIN . Em 1980 começou a colaborar também com SPIROU. Em 1992 decidiu  fundar a sua própria editor, Synopsis.
Também Jarry colaborou no livro de BD dedicado a JACQUES BREL , já aqui falado neste blog na secção intitulada "La BD chante Brel".  JARRY  ilustrou a canção "MON PÈRE DISAIT"

terça-feira, 27 de março de 2012

OS MACACOS


Em 1956 ANTÓNIO GEDEÃO escrevia o seu belo poema “Pedra filosofal” onde explica a evolução da inteligência do homem através do olhar de uma criança. Essa evolução termina com a alunagem, que se deu 13 depois. Para Gedeão era como se o mundo, feliz, próspero e pacífico, pulasse e avançasse como bola colorida entre as mãos da criança.
Em 1961 JACQUES BREL escreve o poema “OS MACACOS”. BREL, mais corrosivo, mais radical e mais cruamente, explica no seu poema  que a evolução da inteligência de “os macacos do seu bairro”  se faz com intolerância, preconceitos, racismo e violência. Para BREL, o homem comum, o macaco do seu bairro, o seu vizinho, portanto, só se tinha civilizado após inventar coisas como a câmara de gás, a cadeira eléctrica, a bomba de napalm, e a bomba atómica...
JACQUES BREL em 1961 retratou mais fielmente o HOMEM que conhecemos hoje em dia…
Para ilustrar este texto, em cima está um desenho de FRED e LILIANE FUNCKEN, casal de autores de BD de origem belga.

OS MACACOS

Antes deles, antes dos cus pelados, a flor, o pássaro e nós, andávamos em liberdade... Mas, eles chegaram e a flor foi para um vaso, e o pássaro para uma gaiola... E nós para um número. Porque eles inventaram as prisões, e os condenados, e os registos criminais, e os buracos na fechadura, e as línguas cortadas das primeiras censuras...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles, não havia problema quando as bananas amadureciam mesmo pela Quaresma... Mas, eles chegaram a abarrotar de intolerância, e foram caçar, pregando outras intolerâncias. Porque eles inventaram a caça aos albigenses a caça aos infiéis e a caça a outros que tais... A caça aos macacos sensatos que não gostavam de caçar...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles, o homem era um príncipe, a mulher uma princesa e o amor uma província... Mas, eles chegaram, e o príncipe é um vagabundo, a província definha e a princesa está à venda... Porque eles inventaram que o amor é pecado, o amor é um negócio, uma feira de virgens, o direito ao assédio… Inventaram as patroas de bordel...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro...

Antes deles havia paz sobre a Terra, quando para dez elefantes não havia mais que um militar... Mas, eles chegaram, e foi à bastonada que a razão de Estado caçou a razão... Porque eles inventaram o ferro de empalar, e a câmara de gás, e a cadeira eléctrica, e a bomba de napalm, e a bomba atómica...
E só então, depois, é que ficaram civilizados, os macacos do meu bairro... Os macacos do meu bairro!

segunda-feira, 26 de março de 2012

DE APEN


Jacques Brel sendo nascido Bruxelas poderia ter optado por falar em dois idiomas: O Francês ou o Flamengo. Mas as escolas que frequentou eram francófonas e acabou por deixar cair o flamengo no esquecimento.  Isto reflecte-se ao longo da sua carreira artística, onde apenas grava algumas canções em flamengo, para agradar aos editores que queriam que ele vendesse discos também na Flandres.
Hoje divulgo uma versão da canção “Les Singes” – “"DE APEN" – interpretada em flamengo pelo seu autor.

De Apen

Lang voor hen, lang voor die kale lui
Toen waren wij, en bloem en vogels, heerlijk vrij
Maar sindszij kwamen zitten bloemen in en pot
De vogels in een kooi, beslissen zij ons lot
Want zij, zij vonden uit, de boef en het gevang
De strafregisters, en het kleine sleutelgat
En heeft hun lange schaar de pers gecensureed
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
Lang voor hen, toen was de man een prins
De vrouw was een prinses, de liefde troetelkind
Maar sinds zij kwamen is de prins een bedelaar
Het rijk sterft uit en de prinses wordt handelswaar
Want zij, zij vonden uit de liefde die onteert
Die liefde die en zaak is, de slavinnenhandel
De gangsters met hun air van onbesproken wandel
En van toen af zijn zij gsyfiliserd
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
Lang voor hen eas er nog vrede po aard'
De vrijheid van persoon die was nog heel wat waard
Maar sinds zij kwamen zijn zij er toch in geslaagd
Dat de rede van staat de rede heeft verjaagd
Want zij, zij vonden uit die spitse bajonet
De napalm en atoombom, de geleide raket
De hersenspoeling hebben zijn een hooggeleerd
En van toen af zijn zij geciviliseerd
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt
De apen, de apen
De apen, hier uit de buurt