sexta-feira, 30 de julho de 2010
BEL RTL
A estação de rádio belga BEL RTL vai transmitir na Segunda-feira, 2 de Agosto, um programa sobre Jacques Brel intitulado “J’AIME L’ACCENT BRUXELLOIS”.
Sobre “J’AIME L’ACCENT BRUXELLOIS” já falei AQUI neste blog.
Para escutar este programa, que será difundido a partir das 10 horas e 15 minutos (hora dos Açores) basta ir ao site www.belrtl.be e clicar sobre “écoutez en direct”.
Haverá mais informações sobre o programa AQUI.
Esta informação foi dada pelas Edições Jacques Brel.
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
PROCURA-SE
O amigo Dino Gibertoni, dono do Blog Siodmak, e co-autor do site La Chanson de Jacky, acaba de descobrir uma versão muito rara de Le Moribond. Esta versão de "Le Moribond" é de 1974 e é cantada... em português. É verdade, em português. Pelo grupo “Movimento”. O nome da versão ficou "As Andorinhas Já Voltaram" e está num EP chamado "Uma Tarde No Café".
É a primeira versão em português (e talvez única) de "Le Moribond" de que há conhecimento. Está AQUI o link para a informação sobre esta gravação no excelente site Discogs.
Fica aqui a informação e, já agora, o pedido: Quem tiver este disco e o queira vender ou saiba da sua existência algures, pode deixar um comentário aqui nO CANTO DO BREL.
(Obrigado Rafael)
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terça-feira, 27 de julho de 2010
LES BICHES
N.T: Brel usa o termo BICHE porque esta palavra tem um duplo sentido - CORÇA ou modo muito terno de tratar a pessoa amada. Portanto, BICHE é um termo elogioso que evoca uma certa doçura e elegância, no andar e no charme, tal como a figura do "Bambi", de Walt Disney.
Em português não encontro nada parecido, relacionado com um animal, que exprima este elogio, daí o ter usado a palavra CORÇA.
Uma das razões da misoginia de Brel é a sua necessidade de ser amado que se contrapõe ao seu desejo de liberdade. Contra a sua vontade a mulher é o laço que caça o amor. Apaixonado, o homem pensa em partir, viajar, voar, mas a mulher toma a iniciativa e dispõe dele, ame-o muito, pouco ou nada. O herói da canção Les Biches espera e lamenta-se: Não reage. Ela é que viaja, ela é que vai ao leme, parte e regressa quando quer. Ela transforma as garras dele em docilidade. Faz do predador um animal doméstico. Quem conhece a vida de Brel, para lá das canções, sabe qual é a sua opinião sobre o sexo feminino. Ele não detestava as mulheres de uma maneira geral. Da mesma forma que não suportava os homens militaristas ou os belgas nacionalistas, também não suportava as mulheres fúteis ou as mulheres hipócritas. Sobre as mulheres, um dia, Brel disse: “Quando um homem não tem medo de se deitar com uma mulher é porque não a ama…”
AS CORÇAS 1962
Elas são o nosso primeiro inimigo, quando, a rir, se escapam dos prados do tédio... As corças.
Com pestanas encaracoladas, e penteados à caça-corços, pelo canto do olho fazem batota, tão bem, que o caçador fica caçado. Sim, que eu até conheço borrascas que elas transformaram em poetas, as corças...
E quando as enxotamos do pensamento, ou quando elas, muito coradas, nos caçam, elas são o nosso primeiro inimigo, as corças de quinze anos...
Elas são o nosso mais belo inimigo, quando têm o brilho da flor e já têm o sabor do fruto... As corças.
Elas passam cá para fora toda a virtude. Ainda que seja com todo o coração, ainda que seja com todo o corpo, que elas façam batota... Logo que mordiscam os maridos ou agarram o diamante sobre o asfalto azul de Paris, as corças, que se caçam a golpes de rubis, ou que nos caçam com sentimento, são o nosso mais belo inimigo, as corças, de vinte anos...
Elas são o nosso pior inimigo, logo que conhecem o seu poder, sabem ficar à espera, as corças.
Quando um caçador é uma oportunidade. Quando a sua beleza se levanta tarde, é com toda a sua ciência que elas fazem batota… Enganando o enfado mais que o corço, e o amante com o outro amante, e o outro amante com o corço, que vem a calhar...
Mas quando as caçamos loucamente, ou quando elas nos caçam, de mãos enluvadas, elas são o nosso pior inimigo, as corças com mais de vinte anos...
Elas são o nosso último inimigo, quando os seus seios tombam de sono por terem estado de vigília demasiadas noites... As corças...
Quando têm o passo resignado dos peregrinos que regressam… Quando é com todo o seu passado que elas fazem batota, a fim de melhor nos agarrar, nós que, nessa altura, não servimos senão para impedi-las de envelhecer, as corças.
Mesmo que as enxotemos da nossa vida, ou que ela nos enxotem, porque já é tempo, elas permanecem o nosso último inimigo, as corças de há muito tempo...
segunda-feira, 26 de julho de 2010
CLARA
Um dia perguntaram a Jacques Brel como se sentia ao entrar no palco e ele respondeu: “ Sinto uma grande vontade de vencer os meus medos e as minhas fraquezas… Sinto que tenho que me superar, que tenho que vencer-me a mim próprio. É como se fosse um combate… Um combate contra mim mesmo. Depois, é preciso ser-se sincero e ter alguma coisa que dizer, claro.” Foi sempre assim o carácter de Brel perante o seu público, em palco ou estúdio de gravação.
No entanto, esta canção, Clara, não terá assim tanto para dizer como muitas e muitas a que o Grand Jacques nos habituou.
É presumivelmente um fait-divers na obra de Brel. O texto desesperado não liga bem com o ritmo carnavalesco do Rio que mascara a canção... Uma vez mais a guerra dos sexos à flor da pele.
Clara (1961)
Amei-te tanto Clara, amei-te tanto...
Carnaval no Rio, tu podes dançar sempre! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris já há muito tempo, há muito tempo de tédio, há muito tempo de ti...
Carnaval no Rio... Tu podes cantar sempre! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris,caído no campo do amor, pelo nome duma rapariga que me tinha dito Sempre...
Carnaval no Rio... Tu podes rodopiar sempre! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris por me ter enganado muita vezes, por me ter mortificado muitas vezes, por me ter dado muitas vezes...
Carnaval no Rio... Tu podes sacudir-me! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris, fuzilado por uma flor, preso à barra da cama, com doze gargalhadas no coração...
Carnaval no Rio... Tu podes chorar sempre! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris já há mil tardes, já há mil noites… Já não há esperança...
Carnaval no Rio... Tu podes embebedar-me! Carnaval no Rio... Tu já não podes mudar nada... Eu morri em Paris, em Paris que eu enterro, depois de mil noites, no fundo do meu copo...
Carnaval no Rio, tu podes carnavalar! Carnaval no Rio... Tu já não podes lá mudar nada... Eu morri em Paris... Que a morte me console... A morte anda por aqui, a morte é espanhola...
Amei-te tanto Clara, amei-te tanto...
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
MATHILDE
Mais um caso de amor desesperado relatado por Brel. Nesta canção, Mathilde, o carácter do personagem é reforçado pelo ritmo desenfreado e fogoso da música e da orquestração. Tudo se conjuga para descrever as emoções dum pobre diabo que está completamente descontrolado e amedrontado pela chegada da amada…
Quanto à intensidade da interpretação é soberba como sempre: “ Acho que é inadmissível fazer batota nesta profissão – dizia Brel em 1966 – vive-se para ela ou não se vive! (...) As pessoas que vibram sobre o palco são as pessoas que vibram na vida. E o público nunca se engana”
Mathilde (1964)
Minha mãe chegou a hora de rezares pela minha salvação... A Matilde está de volta...
Taberneiro podes guardar o teu vinho. Esta noite vou beber o meu desgosto... A Matilde está de volta...
E tu, minha criada, tu, Maria, talvez seja melhor mudares os lençóis... A Matilde está de volta...
Meus amigos, não me esqueçam, esta noite volto à luta, maldita Matilde eis que chegaste!
Meu coração, meu coração, não te entusiasmes, faz de conta que não sabes que a Matilde está de volta...
Meu coração pára de repetir que ela é mais linda do que antes do Verão...
Meu coração deixa de badalar, lembra-te que foste destroçado pela Matilde que está de volta...
Meus amigos, não me deixem, não, digam-me que não é preciso , maldita Matilde eis que chegaste!
E vós, minhas mãos, fiquem tranquilas... É só um cão que regressa da cidade... A Matilde está de volta...
Vós, minhas mãos, não aplaudam, vocês não têm nada com isso... Não tremam mais... A Matilde está de volta...
Lembrem-se de quando eu vos chorava em cima. Vós, minhas mãos, não se abram. Vós, meus braços, não se estendam. Raio da Matilde eis que chegaste!
Minha mãe pára as tuas orações, o teu Jacques regressa ao inferno, a Matilde já me chegou...
Taberneiro traz-nos vinho, daquele, das bodas e dos banquetes, a Matilde já me chegou...
Tu, minha criada, tu, Maria, vai pôr lençóis na minha cama, a Matilde já me chegou...
Amigos não contem comigo, uma vez mais vou cuspir para o ar, minha linda Matilde eis que chegaste... Eis que chegaste!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
LES FILLES ET LES CHIENS
Esta é de certeza a canção que pôs o rótulo de “misógino” a Jacques Brel. Noutras canções dedicadas a mulheres ele procura os seus fracos ou os seus defeitos – tal como o faz com os homens – para os denunciar com humor e com ironia ou com raiva e desepero. Em ”Les filles et les chiens” é a misoginia pela misoginia. A fobia pura e simples. Irracional e insuportável.
Houve alguém que disse “quanto mais conheço os homens mais gosto do meu cão” e depois acrescentou “...e quanto mais conheço as mulheres, menos gosto da minha cadela!”
As miúdas e os cães (1962)
As miúdas,
é giro como um jogo, é giro como um fogo, mas isto é muito pouco...
As miúdas, é giro como um fruto, é giro como a noite, é giro como um atraso, e já é tarde demais...
As miúdas é giro quanto baste, é giro como um adeus, e isso é óptimo...
Mas, e os cães?... São bonitos como os cães que ficam quietos a ver-nos chorar, os cães não nos dizem nada. É talvez por isso que a gente acredita que gosta deles...
As miúdas ameaçam, levam-te ao chá, agarram-te os dados...
As miúdas penduram-se no teu pescoço, penduram-te num prego, e isso depende de nós...
As miúdas penduram-se no teu coração, agarram-se às flores, conforme as horas...
As miúdas dependem de tudo, e dependem sobretudo, dependem dos cifrões...
Ah, mas os cães? Os cães não dependem de nada. Os cães ficam quietos a ver-nos chorar, os cães não nos dizem nada. É talvez por isso que a gente acredita que gosta deles...
As miúdas fazem arquinhos, jogam com juízo, dançam o tango...
As miúdas fazem-se isco, fazem jogo e contra jogo, gozam contigo...
As miúdas brincam para brincar, brincam ao amor, jogam para ganhar...
As miúdas! Como elas brincam às mulherzinhas e às grandes damas, como elas brincam aos dramas...
Mas, e os cães? Os cães não brincam a nada, porque nunca se sabe como enganar os cães que não jogam a nada. É talvez por isso que a gente acredita que gosta deles...
As miúdas dão que sonhar, dão que pensar e dão-nos licença...
As miúdas dão-se, portanto. Dão-se um dia, e dão-se dando-se...
As miúdas dão o seu amor, a um de cada vez, dão-se no recreio...
As miúdas dão o seu corpo, dão-se com tanto vigor que causa remorsos...
Ah, mas os cães não nos dão nada, porque nunca sabem fingir quando querem dar... Os cães não nos dão nada... É talvez por isso que se deve gostar deles..
E é, portanto, pelas miúdas que à mínima manhã, ao mínimo desgosto, nós afugentamos os seus cães...
domingo, 18 de julho de 2010
J'AIME L'ACCENT BRUXELLOIS (2)
No dia 31 de Março falei AQUI nO CANTO DO BREL sobre um passeio por Bruxelas com a duração de 2 horas e meia e que passa por lugares míticos que evocam a memória do cantor. O itinerário propõe uma sucessão de momentos de verdadeira cumplicidade com Jacques, comentados por MICHE (Madame BREL) e FRANCE BREL (filha).
Ontem recebi das EDIÇÕES JACQUES BREL a informação de que desde aquela data até hoje já mais de 400 pessoas acompanharam o GRAND JACQUES pelas ruas da sua cidade.
Em Julho e Agosto os passeios podem ser dados todos os dias da semana, entre as 10 e as 19 horas, e aos feriados, sábados e domingos das 12 às 19h. Também é possível marcar passeios nocturnos a partir das 18h 30.
Marcações pelo telefone 32 2 511 1020 ou no site das EDIÇÕES JACQUES BREL.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
LA PARLOTE
A tagarela (1962)
É ela que enche as praças, os passeios, os salões de chá... É ela que conta a história, quando não foi ela que a inventou... A tagarela... É ela que sai todas as noites e não sossega senão ao amanhecer, para despertar depois do amor, entre dois amantes deslumbrados... A tagarela! É que nós dizemos que disse que sim, é aí que nós dizemos que disse que não. É a grande base da segurança, é o melhor aperitivo da França... A tagarela...
Caminhando na ponta dos lábios, meio faquir e meio canalha, de um falsário, ela faz um ourives... De uma bagatela ela faz um escândalo... A tagarela... É ela que atrai a candura nas redes de um passeio, mas, é por ela que o amor em flor, muitas vezes morre em peixeiradas... A tagarela... Por ela mudei o mundo, cheguei mesmo a tocar tambor para carregar uma Pompadour, nada bela e nada loira... A tagarela...
É no Café que ela profere as suas sentenças, e nos tranquiliza, assegurando-nos que aqueles que amamos nunca tiveram sorte, e que aqueles que não amamos também não tiveram... A tagarela... Se é ela que enxuga os olhos, e se é ela que enxuga os prantos, é ela que seca os velhos, e é ela que seca os corações. A tagarela... É ela que verdadeiramente se impõe quando não há mais nada a dizer... É o epitáfio, é a pedra tumular dos amores que deixámos morrer... A tagarela...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
BREL GENUÍNO
GENUÍNO MADRUGA conheceu JACQUES BREL em Setembro de 1974 quando o cantor passou por aqui, pela ilha do Faial. E nunca mais esqueceu esse encontro.
Nas duas voltas ao mundo, velejando sozinho no seu Hemingway (2002 e 2009), Genuíno Madruga fez questão de passar pela Ilha de Hiva Oa, nas Marquesas, e foi visitar o túmulo onde jaz o homem a quem ele apertou a mão, ali no Peter, há quase 36 anos.
E falar aqui de Genuíno Madruga? Pensei nisso. Mas desisti. Acho que o leitor ficará melhor informado se navegar no excelente site do nosso pescador/velejador. AQUI.
Os meus agradecimentos ao Nuno Costa Santos pela cedência deste video.
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terça-feira, 13 de julho de 2010
COMO NUM SONHO
Das Edições JACQUES BREL recebi a informação sobre mais um espectáculo sobre o Grand Jacques. E a estreia desse espectáculo - BREL, COMO NUM SONHO - é em Lisboa, no Auditório do Instituto Franco-Português de 27 a 31 de Julho.
A concepção e encenação é da autoria de RITA NEVES e a produção é da ECLIPSEARTE.
O espectáculo será ainda apresentado no IPJ do Porto e no IPJ de Lisboa, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro em Lisboa e no Festival Tardor de Barcelona.
A concepção e encenação é da autoria de RITA NEVES e a produção é da ECLIPSEARTE.
O espectáculo será ainda apresentado no IPJ do Porto e no IPJ de Lisboa, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro em Lisboa e no Festival Tardor de Barcelona.
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
JOJO
Já aqui se referiu neste blog que em Setembro de 1974 quando JACQUES BREL chegou à Horta, no seu iate, recebeu um telegrama comunicando a morte do seu grande amigo Georges Pasquier. Jojo para os amigos. Brel partiu para França de avião, via Terceira, e foi ao enterro de Jojo.
A canção JOJO, dedicada ao amigo morto, é uma das únicas de Brel que tem um perfil realmente autobiográfico. Aqui não há herói ou personagem breliano. É o próprio autor que chora a morte do amigo e que, ao mesmo tempo, sabe que também a sua vida está por pouco. Jacques Brel morreu 4 anos depois da morte de Jojo, e quando escreveu esta canção, e quando a gravou em disco, já sabia que tinha um cancro pulmonar.
Nesta canção de desespero e profunda amizade (amor?), Brel inventa a expressão « tu frères encore » para falar da ligação fraterna que tinha com Jojo - ele faz um verbo do substantivo irmão e, portanto, intraduzível. Utilizei o verbo “confraternizar” para dar um sentido aproximado do original, e por isso aqui fica a devida e necessária explicação. No entanto, a amizade que ligava estes dois homens situava-se para lá das palavras…
Jojo (1977)
Jojo, eis aqui então algumas gargalhadas, alguns vinhos, algumas louras... Apraz-me dizer-te que a noite será longa até tornar-se amanhã. Jojo, oiço-te rugir algumas canções marinheiras onde os bretões descobrem que o Saint Cast deve dormir mergulhado no nevoeiro...
Seis pés debaixo da terra, Jojo, e tu ainda cantas...
Seis pés debaixo da terra, tu não estás morto...
Jojo, esta noite, como as outras noites, repetiremos as nossas guerras... Tu voltarás a Saint Nazaire e eu farei outra vez o Olympia, aqui no fundo do cemitério. Jojo, falemos em silêncio de uma juventude velha... Nós os dois sabemos que o mundo está adormecido por falta de imprudência...
Seis pés debaixo da terra, Jojo, e tu ainda esperas...
Seis pés debaixo da terra, tu não estás morto...
Jojo, a rir, tu dás-me as novidades aí de baixo. Eu digo-te” morte aos imbecis”, bem mais imbecis que tu, mas que estão de saúde... Jojo, tu sabes os nomes das flores, tu vês que as minhas mãos tremem e sei que estás a chorar para afogares a vergonha dos meus pobres lugares comuns...
Seis pés debaixo da terra, Jojo, e tu ainda confraternizas...
Seis pés debaixo da terra, tu não estás morto...
Jojo, vou-me embora pela manhã, por causa de uns vagos compromissos com uns bêbados de coração destroçado, e que sempre abriram demasiado as mãos... Jojo, já não saio para lado nenhum, visto-me com os nossos sonhos. Estou órfão até aos lábios mas feliz por saber que cá estarei em breve.
Seis pés debaixo da terra, Jojo, tu não estás morto...
Seis pés debaixo da terra, Jojo ainda te amo...
sábado, 10 de julho de 2010
LA CHANSON DE VAN HORST
A CANÇÃO DE VAN HORST foi escrita por Jacques Brel para o filme de Alain Levent LE BAR DE LA FOURCHE. Brel protagoniza a figura do aventureiro Vincent Van Horst nos princípios do século passado. Sobre o filme já falei AQUI neste blog no passado dia 21 de Fevereiro.
A CANÇÃO DE VAN HORST (1972)
De Roterdão a Santiago, de Amesterdão a Varsóvia, de Cracóvia a San Diego.
De drama em dama passa a vida, a pouco e pouco.
De coração em coração, de medo em medo, de porto em porto...
O tempo de uma flor e a gente adormece, o tempo de um sonho e a gente morre...
De terra em terra, de lugar em lugar, de jovem velha em velha gaiteira.
De guerra em guerra, da guerra cansada a morte vigia-nos, a morte amedronta-nos...
Mas!... De cerveja em cerveja, de feira em feira, de copo em copo, de bebida em bebida…
Eu ainda mordo com os dentes todos...
Eu sou um morto que ainda está vivo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
SUR LA PLACE
Esta canção teve três versões. Em 1953, em Bruxelas, depois em 1954 com arranjos de André Gassi e finalmente em 1961 com a orquestra de François Rauber. Sur la place foi editada num EP (45 rpm) e precedeu uma digressão de Verão organizada por Canetti.
No cartaz desta digressão o nome de Brel figurava depois dos nomes de Sidney Bechet, Philippe Clay et Dario Moreno que, 14 anos depois seria o Sancho Pança em Bruxelas, ao lado de um Brel-Don Quixote que já não combatia os moinhos do anonimato.
Quando questionavam Brel sobre os seus textos, se eram poesia ou simples versos cantáveis, ele dizia que não era poeta. Era um artesão de palavras. Ele estava constantemente a inventar-se nos velhos solitários, no moribundo, no tipo que dizia Ne me quitte pas, no bêbado que se chamava Jef. Era como se Brel tivesse uma ilha e lá fizesse crescer as plantas, os pássaros, os homens… Ou a rapariga que dançava no largo num dia de muito calor. Sur la place, conta a história dessa rapariga.
No largo (1953)
No largo aquecido pelo sol uma rapariga pôs-se a dançar... Rodopia, parecendo a bailarina duma antiga caixa de música... Na cidade faz um calor tórrido. Homens e mulheres, estão acaçapados e observam pelas vidraças esta rapariga que dança ao meio-dia...
Há certos dias que parecem uma labareda nos nossos olhos...
À igreja onde eu ia, recorria-se ao bom Deus, os apaixonados recorrem ao amor, o mendigo apela à caridade, o dia apela ao sol e o homem de bem apela à bondade...
No largo quente, de atmosfera vibrante, onde nem sequer aparece um cão, ondulante como um junco, a rapariga saltita, e vai e vem. Nem guitarra, nem tamborim, para acompanhar a sua dança... É batendo as palmas que ela marca o compasso...
No largo, onde tudo está tranquilo, a rapariga pôs-se a cantar, e o seu canto paira sobre a cidade como um hino de amor e de bondade... Mas, sobre a cidade faz muito calor, e para não ouvir a canção os homens fecham as janelas, como uma porta que se fecha entre os mortos e os vivos...
Assim, certos dias parecem um labareda nos nossos corações…
Mas nós nunca deixamos brilhar a sua luz...
Nós tapamos as orelhas e cobrimos os olhos...
Não gostamos de acordar o nosso coração já velho...
No largo um cão uiva ainda, porque a rapariga já se foi embora… E, como um cão uivando à morte, lastimam os homens o seu destino...
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quarta-feira, 7 de julho de 2010
MENSAGEM
Do meu amigo e “compagnon de route” Victor Rui Dores (agora numa fase Manuel de Arriaga) recebi esta mensagem:
Caro Sérgio
O teu blogue continua a despertar o meu interesse e a minha atenção e, diariamente, saio das canções de Brel sempre mais conciliado e enriquecido com este rebelde apaixonado.
Fui ver “Brel nos Açores”, no Teatro Faialense. Apenas isto: um espectáculo vertiginosamente belo e uma interpretação avassaladora do Dinarte Branco.
Um abraço de mar!
Victor Rui Dores
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terça-feira, 6 de julho de 2010
MOURON CHANTE BREL
MOURON CHANTE BREL
No Festival OFF de Avignon, de 8 a 31 de Julho, todos os dias às 15 horas.
KIKI MOURON, a pequena cantora, divertida e sentimental, do BIG BAZAR de Michel Fugain nos anos setenta, vai fazer uma digressão com um espectáculo dedicado a Brel acompanhada ao piano por Terry Truck. Em Avignon estará no Théâtre de L’Ange.
O grupo australiano CATCH THAT WAVE PRODUCTIONS levou à cena no princípio deste ano o espectáculo BIENVENUE À BRELVILLE baseado nas canções de Jacques Brel e realizado por SARAH HANSEN.
Segundo consta da sinopse, trata-se de um trabalho de teatro progressista centrado num núcleo de clássicos de Brel que desconstrói convenções preconcebidas do chamado teatro musical de cabaret .
Conta-se em BIENVENUE À BRELVILLE a história de um jovem que redescobre o seu amor, os seus sonhos e o gosto pela vida.
O elenco contava com Michael Cutrupi em BOUBOULE, Sarah Hansen em ALICE, Mollie King em MADELEINE, Daniel O'Leary em LUC e Dean Mason em JEF.
domingo, 4 de julho de 2010
ESSA GENTE do teatro
ESSA GENTE
Em primeiro lugar está o mais alto, aquele que é bastante magro, que tem o cabelo grande, aquele que é melancómico... Ó pá, o que ele escreve... Aquilo é que é dar ao dedo! Ele e o seu caderninho de notas, aforismos e vislumbres... E se à noite se encharca de jornalismo, ficcionismo e humorisimo, de dia é vê-lo nas aulas de escrita criativa nas Produções Fictícias...
É preciso dizer meus senhores que nas Produções Fictícias não se brinca em serviço, meus senhores, não se brinca em serviço... trabalha-se!
E depois há o outro... o do cabelo curto, mas já a dar p’ro grizalho... Aquele que é alentejano e tem um talento maior que ele. Aquele que é actor de teatro há uma porrada de anos mas que ficou muito mais conhecido depois de entrar nos CONTEMPORÂNEOS. E ele está na IMDB e na Wikipedia. Mas não gosta de se dar ares... É modesto e trabalha com afinco e profissionalismo.
É preciso dizer, meus senhores, que em casa deste alentejano não se intruja, meus senhores, não se intruja... trabalha-se com honestidade!
E depois há os outros... A Inês que docemente controla as despesas e põe ordem na casa... O Sérgio que é um sonoplasta meticuloso que fala à grandalhão e que está sempre a dizer ... Meu isto... meu aquilo... E há o Paulo, sereno mas observador, com um olho clínico para a edição de imagens... E o Feliciano que faz desenhos com a luz como quem pinta uma tela de emoções... E também o João que inventa cenários para enfeitar a nossa imaginação.
É preciso dizer, meus senhores, que em casa desta gente não se perde tempo, meus senhores, não se perde tempo... trabalha-se com competência...
E depois... e depois há o BREL, e as canções que ele fez, e a vida que ele viveu, e a sua passagem pelos Açores e os dias em que esteve no Faial. Dizemos muitas vezes que Brel morreu vai para 32 anos, mas eu tenho a certeza que o vi ontem no palco do Teatro Faialense... e quem o trouxe ao palco foi ESSA GENTE... o NUNO, o DINARTE e os outros... E não fui só eu que vi JACQUES BREL no palco. Mais pessoas que estiveram lá no teatro Faialense me vieram dizer a mesma coisa.
E então, por um instante, eu acredito nisso, meus senhores, por um instante, um instante somente... porque desta ilha, meus senhores ninguém sai, ninguém sai...
Mas está a fazer-se tarde, meus senhores, são horas de eu ir à doca e certificar-me que o Askoy já partiu rumo ao Pacífico.
Em primeiro lugar está o mais alto, aquele que é bastante magro, que tem o cabelo grande, aquele que é melancómico... Ó pá, o que ele escreve... Aquilo é que é dar ao dedo! Ele e o seu caderninho de notas, aforismos e vislumbres... E se à noite se encharca de jornalismo, ficcionismo e humorisimo, de dia é vê-lo nas aulas de escrita criativa nas Produções Fictícias...
É preciso dizer meus senhores que nas Produções Fictícias não se brinca em serviço, meus senhores, não se brinca em serviço... trabalha-se!
E depois há o outro... o do cabelo curto, mas já a dar p’ro grizalho... Aquele que é alentejano e tem um talento maior que ele. Aquele que é actor de teatro há uma porrada de anos mas que ficou muito mais conhecido depois de entrar nos CONTEMPORÂNEOS. E ele está na IMDB e na Wikipedia. Mas não gosta de se dar ares... É modesto e trabalha com afinco e profissionalismo.
É preciso dizer, meus senhores, que em casa deste alentejano não se intruja, meus senhores, não se intruja... trabalha-se com honestidade!
E depois há os outros... A Inês que docemente controla as despesas e põe ordem na casa... O Sérgio que é um sonoplasta meticuloso que fala à grandalhão e que está sempre a dizer ... Meu isto... meu aquilo... E há o Paulo, sereno mas observador, com um olho clínico para a edição de imagens... E o Feliciano que faz desenhos com a luz como quem pinta uma tela de emoções... E também o João que inventa cenários para enfeitar a nossa imaginação.
É preciso dizer, meus senhores, que em casa desta gente não se perde tempo, meus senhores, não se perde tempo... trabalha-se com competência...
E depois... e depois há o BREL, e as canções que ele fez, e a vida que ele viveu, e a sua passagem pelos Açores e os dias em que esteve no Faial. Dizemos muitas vezes que Brel morreu vai para 32 anos, mas eu tenho a certeza que o vi ontem no palco do Teatro Faialense... e quem o trouxe ao palco foi ESSA GENTE... o NUNO, o DINARTE e os outros... E não fui só eu que vi JACQUES BREL no palco. Mais pessoas que estiveram lá no teatro Faialense me vieram dizer a mesma coisa.
E então, por um instante, eu acredito nisso, meus senhores, por um instante, um instante somente... porque desta ilha, meus senhores ninguém sai, ninguém sai...
Mas está a fazer-se tarde, meus senhores, são horas de eu ir à doca e certificar-me que o Askoy já partiu rumo ao Pacífico.
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BREL NOS AÇORES V
Hoje, dia 4 de Julho, aproveitando o excelente dia de Verão (finalement, finalement) fomos para a praia, depois de acordar já com o sol ali a meia altura a pedir-nos para o irmos aproveitar.
Além do livro que levo sempre comigo, hoje levei uma caneta e uma folha de papel para escrever sobre o espectáculo BREL NOS AÇORES que ontem mais uma vez me amarfanhou as emoções e o coração no Teatro Faialense.
Mas a água estava tão boa que não deu para ler nem para escrever. A Lúcia, que não partilha comigo as mesmas opiniões em relação à temperatura da água do mar, ficou na areia e aproveitou para usar a minha caneta e o meu papel e escreveu isto que eu publico de imediato...
(mais logo farei o meu comentário ao BREL NA...HORTA)
"Saí com a alma cheia e o coração a bater em compasso de valsa. Tão emocionada que me sentia com vontade de dar beijinhos a todos vocês. Os primeiros que encontrei, o Nuno e o Dinarte, que o digam! Não conhecia o Dinarte de lado nenhum e abafei-o com abraços! Foi a minha maneira de vos agradecer por um espectáculo tão profundamente verdadeiro. A sequência do texto do Nuno intercalado com as canções e enriquecido pelas imagens estava perfeito. O som no ponto certo. Senti a emoção das pessoas sentadas à minha volta. O esforço da respiração para conterem as lágrimas. Eu deixei mesmo que elas rolassem! E o Dinarte ! Encheu o palco! Vibrante, com o humor, graça e sofrimento no equilíbrio perfeito! Adorei o momento “Valse à mille temps”. Contagiou o meu batimento cardíaco e tenho a certeza o da sala inteira! Não vos conhecia antes mas fiquei apaixonada por vocês! O Brel! Esse é inigualável. Mas vocês mostraram a paixão pelo trabalho dele que Ele merece. Conheço esse sentimento! Cá em casa respira-se paixão pelo Brel! Ele é definitivamente o HOMEM das nossas vidas (eu e o Sérgio).
LÚCIA DE MELLO SERPA"
Além do livro que levo sempre comigo, hoje levei uma caneta e uma folha de papel para escrever sobre o espectáculo BREL NOS AÇORES que ontem mais uma vez me amarfanhou as emoções e o coração no Teatro Faialense.
Mas a água estava tão boa que não deu para ler nem para escrever. A Lúcia, que não partilha comigo as mesmas opiniões em relação à temperatura da água do mar, ficou na areia e aproveitou para usar a minha caneta e o meu papel e escreveu isto que eu publico de imediato...
(mais logo farei o meu comentário ao BREL NA...HORTA)
"Saí com a alma cheia e o coração a bater em compasso de valsa. Tão emocionada que me sentia com vontade de dar beijinhos a todos vocês. Os primeiros que encontrei, o Nuno e o Dinarte, que o digam! Não conhecia o Dinarte de lado nenhum e abafei-o com abraços! Foi a minha maneira de vos agradecer por um espectáculo tão profundamente verdadeiro. A sequência do texto do Nuno intercalado com as canções e enriquecido pelas imagens estava perfeito. O som no ponto certo. Senti a emoção das pessoas sentadas à minha volta. O esforço da respiração para conterem as lágrimas. Eu deixei mesmo que elas rolassem! E o Dinarte ! Encheu o palco! Vibrante, com o humor, graça e sofrimento no equilíbrio perfeito! Adorei o momento “Valse à mille temps”. Contagiou o meu batimento cardíaco e tenho a certeza o da sala inteira! Não vos conhecia antes mas fiquei apaixonada por vocês! O Brel! Esse é inigualável. Mas vocês mostraram a paixão pelo trabalho dele que Ele merece. Conheço esse sentimento! Cá em casa respira-se paixão pelo Brel! Ele é definitivamente o HOMEM das nossas vidas (eu e o Sérgio).
LÚCIA DE MELLO SERPA"
sexta-feira, 2 de julho de 2010
IN SEARCH OF THE SOUL...
No blog LA CHANSON DE JACKY, de 30 de Junho, Rodolphe Guillo (seu autor) dá a seguinte informação sobre um espectáculo intitulado In Search of the Soul of Jacques Brel.
“É com pena que eu descobri que um espectáculo multilingue teve lugar em Poznan, na Polónia, como parte do Festival Malta, no final de Junho passado.
O espectáculo revisitava as grandes canções de Brel nas suas versões não francófonos. Para além do inevitável Marc Almond , grande “conhecedor” de Brel, no palco juntaram-se alguns grandes artistas tais como o belga Arno, a francesa Mouron, o alemão Dagmar Krause e o polaco Czeslaw Spiewa.
Todos estes cantores deram uma nova vida a Brel, na procura da sua alma, tal como indica o título deste espectáculo, numa mistura admirável de versões multilingues, no idioma nativo de cada artista.
Este comentário baseia-se no que encontrei nalguns vídeos do Youtube, como este vídeo memorável de Marc Almond e Mouron , grande voz, cantando "La Chanson de Jacky" em duo, após um solo excelente de Mouron em "Les Flamandes". Um grande obrigado ao utilizador web que captou as imagens e o som.”
Merci Rodolphe!
“É com pena que eu descobri que um espectáculo multilingue teve lugar em Poznan, na Polónia, como parte do Festival Malta, no final de Junho passado.
O espectáculo revisitava as grandes canções de Brel nas suas versões não francófonos. Para além do inevitável Marc Almond , grande “conhecedor” de Brel, no palco juntaram-se alguns grandes artistas tais como o belga Arno, a francesa Mouron, o alemão Dagmar Krause e o polaco Czeslaw Spiewa.
Todos estes cantores deram uma nova vida a Brel, na procura da sua alma, tal como indica o título deste espectáculo, numa mistura admirável de versões multilingues, no idioma nativo de cada artista.
Este comentário baseia-se no que encontrei nalguns vídeos do Youtube, como este vídeo memorável de Marc Almond e Mouron , grande voz, cantando "La Chanson de Jacky" em duo, após um solo excelente de Mouron em "Les Flamandes". Um grande obrigado ao utilizador web que captou as imagens e o som.”
Merci Rodolphe!
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
VIVA BREL !
Das Edições Jacques Brel recebi as seguintes informações:
A cantora CLAIRE GUYOT lançou mais um CD - "Indiciblement" - onde inclui uma versão de "LA CHANSON DES VIEUX AMANTS"...
Hoje, dia 1 de Julho, o grupo de dança Compagnie “SINGULIER PLURIEL” leva
à cena o bailado COEUR BATTANT. O espectáculo é concebido em torno dos textos e das melodias de Brel.
O barítono belga JOSÉ VAN DAM vai interpretar “LA QUÊTE”, e em dueto com MAURANE “LE PLAT PAYS”, amanhã 2 de Julho no Château Royal de Laeken por ocasião da abertura da Presidência Belga do Conselho da U.E.
No dia 3 de Julho, ainda integrado nas festividadesda Presidência Belga do Conselho da U.E., e no espectáculo realizado para o efeito e intitulado “I LOVE EUROPE”, MAURANE interpretará “QUAND ON N’A QUE L’AMOUR” e Brian Molko (dos Placebo) terá à sua conta “NE ME QUITTE PAS”.
A cantora CLAIRE GUYOT lançou mais um CD - "Indiciblement" - onde inclui uma versão de "LA CHANSON DES VIEUX AMANTS"...
Hoje, dia 1 de Julho, o grupo de dança Compagnie “SINGULIER PLURIEL” leva
à cena o bailado COEUR BATTANT. O espectáculo é concebido em torno dos textos e das melodias de Brel.
O barítono belga JOSÉ VAN DAM vai interpretar “LA QUÊTE”, e em dueto com MAURANE “LE PLAT PAYS”, amanhã 2 de Julho no Château Royal de Laeken por ocasião da abertura da Presidência Belga do Conselho da U.E.
No dia 3 de Julho, ainda integrado nas festividadesda Presidência Belga do Conselho da U.E., e no espectáculo realizado para o efeito e intitulado “I LOVE EUROPE”, MAURANE interpretará “QUAND ON N’A QUE L’AMOUR” e Brian Molko (dos Placebo) terá à sua conta “NE ME QUITTE PAS”.
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