sábado, 30 de janeiro de 2010

NEW SPACE THEATRE




O espectáculo "Jacques Brel Is Alive and Well and Living In Paris" tem agora uma versão em exibição no New Space Theatre da Cidade do Cabo - África do Sul.
No jornal TONIGHT daquela cidade, no passado dia 26 de Janeiro,
o crítico Zane Henry escreveu um pequeno texto sobre o espectáculo (It's all a little too forced - É tudo ligeiramente forçado) e do qual transcrevo algumas passagens.

(...) Eu vi quatro espectáculos “Jacques Brel Is Alive and Well and Living in Paris” ao longo dos anos, todos eles com diferentes abordagens e graus de sucesso. E não, eu ainda não sei dizer como é suposto ser feito.
Eu sei que é difícil de estragar completamente um espectáculo de Brel. As canções estão tão bem escritas, são tão densas de significado e emoção, são tão, tão, boas que o público vai querer ouvi-las, mesmo que estejam mal produzidas. Old Folks, Amsterdam, Marieke, The bulls, The middle class e, claro, If You Go Away são tesouros que enfrentam repetidas audições consoante a frequência de espectáculos de tributo a Brel.
“Jacques Brel” tem quatro cantores e um quarteto. Os músicos são excelentes e a direção musical de Du Preez Strauss é 5 estrelas.
(...)O canto é uma misturada. A cantora britânica Chrissy Caine não vai muito bem. Ela escapa em Old Folks, mas na maioria das vezes, a sua voz é inadequada para as canções e soa como unhas num quadro negro.
Graham Clarke não tem uma voz muito forte, mas consegue ter muita força na interpretação de Amsterdam. Ele também faz uma convincente efígie de pedra em The Statue. Vi David Chevers noutras produções e admirei a sua energia e o carisma, mesmo que a sua voz fraqueje em canções mais exigentes. Daneel Uys é uma alegria ver e ouvir. Ela conquista corações com a sua interpretação de Timid Frieda e depois quebra-os com Ne Me Quitte Pas. A sua voz é forte, mesmo que ocasionalmente escorregue de paixão para a histeria.
(...) As canções estão distorcidas e muito dificilmente impressionam por aquilo que realmente valem. Mesmo assim, eu gostei. Apesar de, já se sabe, não ser este o caminho que Brel supostamente deveria ser feito.

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