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quarta-feira, 7 de março de 2012

SYLVIE VARTAN


Também SYLVIE VARTAN (La plus belle pour aller danser dos anos 60) cantou JACQUES BREL.

 Ei-la neste vídeo a cantar ao vivo, numa bela e sentida interpretação, “La chanson des vieux amants”

sexta-feira, 6 de maio de 2011

REVIVRE BREL



REVIVRE BREL é o nome de um espectáculo em homenagem a JACQUES BREL, levado ao palco por BERNARD ALEXANDRE desde 2002.

Bernard transforma-se em Brel e recria aquele inesquecível espectáculo do Olympia em 1966.
Para conseguir esta metamorfose, uma hora antes do espectáculo, Bernard Alexandre maquilha-se, evidencia as orelhas, põe dentes postiços e veste um fato igual ao que Brel usou no Olympia. Depois as luzes de cena da época, os gestos e a mímica fazem o resto. Pura magia.

Aqui fica um excerto de REVIVRE BREL...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

LES ADIEUX




Quando Brel anunciou que ia deixar os palcos, apenas 15 anos depois de ter começado a sua carreira profissional, cada espectáculo que dava esgotava semanas antes da data anunciada. Eram êxitos atrás de êxitos.

Por exemplo, no último espectáculo do Olympia, em Outubro de 1966, depois da última canção o pano fechou e Brel teve que regressar ao palco várias vezes agradecer, não tendo feito, no entanto, nenhum “encore” como era seu costume. Depois retirou-se para o seu camarim mas o público não arredou pé da sala sempre aplaudindo e gritando “JACQUES BREL”. Isto durou 21 minutos. Brel teve que voltar ao palco, já em roupão, e agradeceu ao público dizendo “Isto justifica 15 anos de amor”.
Quando lhe deram a gravação do espectáculo, com os 21 minutos de aplausos, Brel comentou “para mim isto é mais valioso que uma medalha de ouro nas olimpíadas”.

Outro episódio relacionado com os últimos espectáculos passou-se na Bélgica. No Palácio das Belas Artes, a 15 de Novembro. A organização, para satisfazer o excesso de procura de bilhetes para o espectáculo, encheu o enorme palco de cadeiras formando um U à volta do cantor e dos seus músicos. No fim do espectáculo, com o público em delírio, Brel foi ao microfone e apresentou os seus músicos. Depois apontou para os espectadores do palco e disse “O grupo coral de Sainte Gudule!!!”
(Sainte Gudule é o nome da Catedral de Bruxelas)

Este não é o grupo coral de Sainte Gudule...

sábado, 8 de maio de 2010

TITINE




A canção TITINE gravada por Jacques Brel em 1964 é uma adaptação de uma velha canção de 1917 (de Mauban e Bertal) mas que só ficou conhecida em 1936 quando Charlie Chaplin a usou no filme TEMPOS MODERNOS.
Originalmente no texto desta canção o seu autor limitava-se a “procurar a Titine que nunca mais encontrava”. Porém, Brel, bem ao seu estilo, deu a volta ao texto. E meteu-lhe os condimentos necessários para ficar uma canção breliana. Depois de muito procurar a Titine ao volante do seu Hispano, ele finalmente encontrou a sua amada, mas ela tinha mais que fazer do que ficar em casa a aturá-lo. Aturá-lo a ele, ao cão e aos doze filhos... e partiu. Foi ver um filme do Charlot.
O arranjo orquestral de François Rauber ajuda a construir esta cena a preto e branco, cujo protagonista é a figura trágico-cómica do marido traído que procura desesperadamente a mulher.

Titine (1964)

Encontrei a Titine, oh Titine, minha Titine que eu não encontrava! Encontrei-a por acaso a vender mata-borrão atrás de uma montra na Gare Saint Lazare. Disse-lhe, Titine, minha Titine, porque me deixaste? Porque partiste assim, sem um gesto, sem uma palavra? Foste ver um filme do Charlot ao Cinema Olympia. Já há trinta anos que te procurávamos por todo o lado, o meu Hispano e eu, gritando como loucos, atrás de ti, Titine...

Mas agora encontrei a Titine! A minha Titine que eu não encontrava... Procurei-a por todo o lado, do Gabão a Tonquim… Procurei-a em vão, do Chile ao Peru. E disse-lhe Titine, minha Titine, suplico-te, volta! Eu sei que mudaste, estás um pouco menos provocante, pois caminhas como o Charlot, e falas pelos cotovelos, mas enfim, é melhor que nada, quando se vive trinta anos, sozinho com um cão e doze filhos que andaram atrás de ti, Titine.... Titine, oh, minha Titine!

Mas agora encontrei a Titine! A minha Titine que eu não encontrava! Gostava que a vissem... Ela é toda em ouro, bem melhor que a Valentina, bem melhor que a Eleanora. Mas ontem quando lhe disse, Titine, minha Titine, será que ainda me amas? ela foi-se embora outra vez, assim, sem um gesto, sem uma palavra, foi ver um filme do Charlot ao cinema Olympia... E pronto, lá estamos nós, a procurá-la por todo o lado, o meu Hispano e eu, gritando como loucos, atrás da Titine... Titine, Oh, minha Titine !!!
E nós encontraremos a Titine, a minha Titine, e tudo se vai arranjar.


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

L'IVROGNE

Em 1960 Jacques Brel encontra Charley Marouani que se torna o seu empresário. É o grande salto para a fama e para o sucesso internacional. Marouani organiza espectáculos de Brel por todo o mundo, e em 1961 consegue que Brel substitua Marlene Dietrich num concerto no Olympia de Paris. Marlene desistira à última hora do seu espectáculo por causas imprevistas e Brel não desiludiu o exigente público daquela importante sala de espectáculos. A canção L’ivrogne, é deste espectáculo de 1961.

O BÊBADO (1961)
Amigo, enche-me o copo... Só mais um, e eu vou-me embora. Não, não vou chorar... Estou alegre e até já canto, mas, dói-me ser assim... Amigo enche-me o copo, enche-me o copo...

Bebamos à tua saúde, tu que sabes tão bem dizer que tudo se vai arranjar, que ela vai voltar... Tanto pior se estás a mentir, taberneiro antipático... Daqui a bocado estarei bêbado e estarei sem tristeza...
Bebamos à saúde dos amigos e das paródias que eu vou reencontrar e que me vão agradar... Tanto pior se esses tipos me deixarem por aí caído... Eu estarei bêbado daqui a bocado e estarei sem cólera...

Bebamos à minha saúde... Bebam comigo, venham dançar, partilhem a minha alegria... Tanto pior se os dançarinos me deixarem por aí ao relento... Daqui a um bocado estarei bêbado e estarei sem rancor... Bebamos às miúdas que me resta amar, bebamos já às miúdas que eu vou fazer chorar. Tanto pior para as flores que me vão rejeitar... Eu estarei bêbado daqui a um bocado e estarei sem paixão...

Bebamos à puta que me destroçou o coração... Bebamos a pleno desgosto, bebamos a plenos prantos, e tanto pior para os prantos que me inundam esta noite... Eu estarei bêbado daqui a bocado e estarei sem memória. Bebamos, noite após noite, até que eu fique medonho para a insignificante Sylvie, para o insignificante remorso... Bebamos, que está na hora. Bebamos só por beber... Daqui a um bocado estarei bem... Estarei sem esperança...

Amigo, enche-me o copo... Só mais um e eu vou-me embora. Não, não vou chorar, estou alegre e até canto... Tudo se há-de arranjar, amigo enche-me o copo, enche-me o copo...




AMIGOS BEBAM UM COPO À MINHA SAÚDE QUE EU VOU BEBER À VOSSA !!!
BOM ANO DE 2010 !