quinta-feira, 31 de março de 2011

AFONSO DIAS




No Algarve já foi feita uma adaptação de “O HOMEM de LA MANCHA” pelo ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve) e que se intitulava D.QUIXOTE. Tratava-se de um espectáculo com texto do colectivo a partir de Cervantes e de Luís Mourão, e que contava com a concepção cenográfica e a encenação de Andrzej Kowalski.

Um dos actores e também autor da música é AFONSO DIAS: Um dos companheiros desta viagem (das cantigas) de José Afonso, José Mário Branco, Fanhais, Manuel Freire, Pedro Barroso, Tino Flores , José Fanha e muitos mais.
Como AFONSO DIAS também está ligado ao teatro, ele próprio fez uma tradução/adaptação para português de Don Quixote de la Mancha. No entanto, este trabalho nunca foi posto em cena porque os autores americanos impuseram condições insuportáveis para permitir a produção portuguesa do musical.

E para quem não conhece o AFONSO DIAS aqui fica um vídeo gravado há pouquíssimo tempo no programa da Antena 1 VIVA A MÚSICA. Ele canta do seu último CD – 13 – o tema QUEM TIVER MEDO QUE FUJA, bem ao estilo do Zeca. OIÇAM BEM!

quarta-feira, 30 de março de 2011

MAN OF LA MANCHA - FINAL




Não há nenhuma gravação vídeo do espectáculo L’HOMME DE LA MANCHA adaptado por Jacques Brel em 1967. Nenhuma estação de televisão gravou o musical. Existem dois ou três pequenos excertos que serão provavelmente de ensaios. Segundo consta apenas há uma gravação áudio, ao vivo, algures.
No youtube existem bastantes excertos do espectáculo interpretadas pelas mais variadas companhias teatrais. Como por exemplo, estes dois aqui em baixo.
Duas versões do final do espectáculo: Um pela CUTC - Champaign-Urbana Theatre Company, USA, e outro por uma companhia de teatro Coreano.



E agora em coreano...

terça-feira, 29 de março de 2011

ALDONZA



Depois da Dulcineia imaginada por D.Quixote, não há nada como ouvir o que tem a dizer a própria, e pela sua própria voz: Aldonza.
Aqui interpretada magnificamente por Alexise Yerna , com José van Dam na pele de D.Quixote.

ALDONZA


Nasci como um cão, uma noite, quando chovia
Eu nasci e minha mãe partiu, cantando
E não sei nada dela a não ser este ódio que eu guardo
Eu deveria ter vindo ao mundo já morta.
É verdade que há o meu pai, dizem, muitas vezes é dito
Que as raparigas guardam o seu pai no fundo dos seus corações
Mas eu não conheci o meu pai, o meu pai eram vários
Porque o meu pai era um regimento.
Eu nem posso mesmo dizer se eles eram andaluzes ou prussianos
Se morreram lá para o norte, se morreram lá para o sul
Eu não sei nada!

Uma senhora, e como quer ele que eu seja uma senhora?

Eu cresci como uma cadela, de esquina em esquina
Eu cresci muitas vezes sobre a palha das mulas
De soldado em soldado, de canalha em canalha
Eu conheci os favores do amor
E vivo como um animal, e faço essas coisas como quem se assoa
E vivo sem saber nem para quê nem para quem
Por um centavo me levanto, por dois centavos me deito
Por três centavos eu faço qualquer coisa!
Se você não acredita em mim, por três centavos venha ver o resto
Da mais tonta das noivas aos mais nojentos bandidos da terra

Mas procure então no meio das suas nuvens e veja-me tal como eu sou

Uma senhora, uma verdadeira dama tem virtude, tem uma alma
Em nome de Deus, de todos os piores canalhas que conheci
Você que fala de uma estrela, você que mostra o céu,
Você é o mais infame, o mais cruel.
Bata-me, eu prefiro o chicote aos seus sonhos,
Bata-me mesmo no fogo, mesmo no chão, mesmo na terra
Mas guarde a sua ternura, deixe-me com o meu desespero
Eu nasci no estrume, e para lá voltarei,
Mas eu vos imploro não me fale mais de Dulcineia
Você vê bem que eu não sou nada, não sou mais que a puta Aldonza.



segunda-feira, 28 de março de 2011

DULCINEIA



Alonso Quijano, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por ter lido muitos romances de cavalaria, decide partir como cavaleiro errante em busca de aventura para imitar os seus heróis preferidos. Auto-intitula-se D.Quixote de la Mancha, monta uma pileca, a que chama Rocinante, e parte na companhia do seu grande amigo D.Sancho. Tem uma musa secreta a quem dedica todas as suas “vitórias”. É uma simples camponesa – Aldonza Lorenzo – mas que ele também rebaptiza DULCINEA del Toboso.

domingo, 27 de março de 2011

JOAN DIENER




D. Quixote de la Mancha foi adaptado para Francês por Jacques Brel, em 1967. Os produtores americanos do musical (Man of la Mancha) só autorizaram a adaptação se a protagonista – Aldonza (Joan Diener, casada com o encenador...) - interpretasse o mesmo papel em francês. Eis JOAN DIENER neste vídeo a cantar Un animal, que na versão original se chamava It’s all the same.

sábado, 26 de março de 2011

SÉRGIO GODINHO



No passado dia 19 de Março, na sua habitual crónica “CARÍSSIMAS QUARENTA CANÇÕES”, no semanário Expresso, Sérgio Godinho escreveu sobre JACQUES BREL e a canção MATHILDE.

SÉRGIO GODINHO teve o grande privilégio de ver Brel ao vivo e é com estas palavras que ele descreve o espectáculo: “Entrou (Brel) no palco a correr, quase não parou entre as palmas, deu o litro do seu e nosso suor, cansou-nos tanto que não demos pelo seu cansaço. E a correr saiu, um furacão que levou a minha casa pelos ares.”

Sobre MATHILDE Sérgio Godinho diz: Mathilde é o perfeito exemplo da sua estética. Um homem que vê a mulher que amou e lhe destruiu todo o sossego regressar à casa que abandonou (“Mathilde est revenue”). Ele interpela a mãe (“mãe chegou a hora de rezares pela minha salvação”), o taberneiro, que pode guardar o vinho, a criada, que terá de mudar os lençóis e aos amigos suplica “não me deixem”. Em quatro tempos, e apenas mudando algumas palavras (recurso que é muito da sua marca), expõe o drama do homem que quer o que não quer, a ser apanhado de novo numa teia fatal e, no entanto, inevitável. O exaltante “crescendo breliano” sublinha essa união venial do amor e da dependência: ”O teu Jacques volta ao inferno”: Pela “maldita Mathilde “, feita bela mais uma vez.

Neste vídeo Sérgio Godinho canta o CORO DAS VELHAS (onde poderia estar incluída a... Matildinha)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Grand Prix de la Chanson



Segundo informação das EDIÇÕES JACQUES BREL vai realizar-se no próximo dia 30 o 33º Grand Prix de la Chanson, no Palais des Beaux-Arts em Charleroi.
Este Festival da canção é organizado pelo Institut Royal Saint-Exupéry de Leernes e tem por lema: “A integração pela canção”. O espectáculo-concurso tem como concorrentes crianças, jovens e adultos com deficiência e serão acompanhados pela Orquestra ZENITH.
O INSTITUT ROYAL SAINT-EXUPERY é um instituto médico-pedagógico com internato que alberga 66 jovens dos 6 aos 18 anos com problemas de comportamento e/ou deficiência mental ligeira.
No próximo dia 30 Gaetan Fraczack interpretará de Brel QUAND ON N’A QUE L’AMOUR.