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sábado, 26 de março de 2011

SÉRGIO GODINHO



No passado dia 19 de Março, na sua habitual crónica “CARÍSSIMAS QUARENTA CANÇÕES”, no semanário Expresso, Sérgio Godinho escreveu sobre JACQUES BREL e a canção MATHILDE.

SÉRGIO GODINHO teve o grande privilégio de ver Brel ao vivo e é com estas palavras que ele descreve o espectáculo: “Entrou (Brel) no palco a correr, quase não parou entre as palmas, deu o litro do seu e nosso suor, cansou-nos tanto que não demos pelo seu cansaço. E a correr saiu, um furacão que levou a minha casa pelos ares.”

Sobre MATHILDE Sérgio Godinho diz: Mathilde é o perfeito exemplo da sua estética. Um homem que vê a mulher que amou e lhe destruiu todo o sossego regressar à casa que abandonou (“Mathilde est revenue”). Ele interpela a mãe (“mãe chegou a hora de rezares pela minha salvação”), o taberneiro, que pode guardar o vinho, a criada, que terá de mudar os lençóis e aos amigos suplica “não me deixem”. Em quatro tempos, e apenas mudando algumas palavras (recurso que é muito da sua marca), expõe o drama do homem que quer o que não quer, a ser apanhado de novo numa teia fatal e, no entanto, inevitável. O exaltante “crescendo breliano” sublinha essa união venial do amor e da dependência: ”O teu Jacques volta ao inferno”: Pela “maldita Mathilde “, feita bela mais uma vez.

Neste vídeo Sérgio Godinho canta o CORO DAS VELHAS (onde poderia estar incluída a... Matildinha)