Mostrar mensagens com a etiqueta Yves Montand. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Yves Montand. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PAGANI A BOBINO




Em 1976 a Phaté Marconi EMI editou um LP com um concerto ao vivo gravado no BOBINO. A estrela do espectáculo era HERBERT PAGANI. Ele cantou 10 canções de sua autoria com excepção para GRACIAS A LA VIDA (de Violeta Parra) para a qual fez a versão em francês intitulada Merci l’existence.
Pelo palco do Bobino passaram os maiores nomes da música francesa como George Brassens, Gilbert Bécaud, Julliete Greco, Yves Montand, George Moustaki, JACQUES BREL e muitos, muitos, outros.
É um álbum memorável que ainda hoje oiço com muita emoção. É uma pena nunca se ter reeditado este disco em formato CD.
O LP PAGANI A BOBINO termina com esta canção :

L’amitié

Ça fleurit comme une herbe sauvage
N'importe où, en prison, à l'école,
Tu la prends comme on prend la rougeole
Tu la prends comme on prend un virage
C'est plus fort que les liens de famille
Et c'est moins compliqué que l'amour
Et c'est là quand t'es rond comme une bille
Et c'est là quand tu cries au secours
C'est le seul carburant qu'on connaisse
Qui augmente à mesure qu'on l'emploie
Le vieillard y retrouve sa jeunesse
Et les jeunes en ont fait une loi.
C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ça réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"
Au clair de l'amitié
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot
L'amitié c'est un autre langage
Un regard et tu as tout compris
Et c'est comme S.O.S. dépannage
Tu peux téléphoner jour et nuit
L'amitié c'est le faux témoignage
Qui te sauve dans un tribunal
C'est le gars qui te tourne les pages
Quand t'es seul dans un lit d'hôpital
C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ça réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan : "on partage"
Au clair de l'amitié
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

VOIR



Jacques Brel estava sempre em movimento. Detestava o imobilismo, a preguiça… Dizia que era preciso ser-se curioso… IR VER! Descobrir coisas. Ter a coragem de dizer “não sei, vou ver…” Brel preferia ir VER. Para explicar melhor este ponto de vista ele dava o exemplo do piloto de avião que tinha que voar com mau tempo. Ele, que também pilotava aviões, dizia: “Se está mau tempo não se levanta voo! É uma atitude certa. Mas, é preciso ir ver. Eu levanto voo e se realmente for impossível operar regresso a terra. Mas, pelo menos posso dizer que fui VER”…

Esta canção – VOIR – foi gravada no ano 1958. O ano charneira para JACQUES BREL. Para trás estão as canções bem comportadas, de um lirismo eufórico próprio de um jovem que foi escuteiro e frequentou movimentos católicos juvenis.
A partir de 58 Brel começa a ganhar o estatuto de grande autor. Os seus discos começam a vender-se pelo mundo inteiro e os espectáculos esgotam sempre a lotação, sejam as salas em França, na Rússia, ou no Canadá.
VOIR foi também cantada e gravada por Yves Montand.

VER (1958)

Ver o rio gelado e querer ser uma primavera…
Ver a terra ressequida e semear cantando…
Ver que se tem vinte anos e querer consumi-los…
Ver passar um zé-ninguém e esforçar-se por gostar dele...

Ver uma barricada e querer defendê-la…
Ver morrer a emboscada e depois não se render…
Ver o cinzento dos subúrbios e querer ser Renoir…
Ver o inimigo de sempre e fazer por esquecê-lo...

Ver que se está a envelhecer e querer recomeçar…
Ver um amor florir e querer arder nele….
Ver o medo inútil e deixá-lo aos sapos…
Ver que se é frágil e cantar de novo...

Eis o que eu vejo, eis o que eu quero,
depois que te vejo, depois que te quero...