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domingo, 12 de junho de 2011

ALAN CLAYSON



ALAN CLAYSON, especialista em biografias de estrelas do mundo do espectáculo (The Beatles, Yoko Ono, Jimy Hendrix, Led Zeppelin, Serge Gainsbourg, The Rolling Stones, etc), lançou em 2010 uma biografia de JACQUES BREL. Trata-se do livro LA VIE BOHÈME, com 300 páginas, da editora Chrome Dreams. Depois de ler mais esta biografia farei aqui um comentário sobre a obra.



Mas o senhor Alan Clayson, que é um rapaz para a minha idade, ainda sobe aos palcos para cantar e, no seguimento da edição deste livro, está a fazer um espectáculo em Inglaterra, com canções do seu biografado.

Como não encontrei nenhuma canção de Brel cantada por Alan Clayson aqui fica o nosso homem cheio de genica a esgalhar uma rockalhada à século passado. Ele e a sua banda The Argonauts...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

IVON CURI

IVON CURI (1928/1995)



Cantor, compositor e actor brasileiro.
No princípio dos anos 60 dizia-se que IVON CURI era o único intérprete brasileiro de Chevalier a Serge Gainsbourg, a Ricet Barrier, a Jacques Brel, a Gilbert Becaud passando por Jean Sablon, Georges Ulmer, Charles Trenet , Leo Ferré e Catherine Sauvage. Ivon Curi tinha com esta constelação francesa um parentesco: a inteligência do que cantava e o domínio do público só pela sua presença. Chamavam-lhe o “actor da canção”.
Foi ele quem primeiro traduziu para português canções de Jacques Brel, e nos seus espectáculos, como “actor da canção” que era, dava-lhes a encenação que os textos exigiam, tornando as canções grandes êxitos do seu reportório.
E para se ter uma ideia do que seriam as suas interpretações de Brel, hoje transcrevo o texto OS BOMBONS. A tradução de Ivon Curi não é uma tradução à letra, mas uma tradução cantável com rimas e métricas ajustadas à melodia original. No entanto, Ivon Curi soube dar-lhe o inconfundível sabor sarcástico de Brel.
Agradeço a RODOLPHE GUILLO o envio do ficheiro com as canções de Ivon Curi do LP “Um espectáculo à parte”.

OS BOMBONS (Trad. Ivon Curi) 1963

Boa tarde Teresa Cristina
Que linda tarde de Primavera, não acha, então?
Eu comprei p’ra você uns bombons
Pois as rosas são tão perecíveis
E os bombons além de bons, cá para nós
São bem mais comíveis,
Pois rosas... só quando em “botons”
Por isso eu optei pelos bombons...

Vim convidá-la a passear
Com você mamã não vai zangar,
Nós vamos ver o trem passar
Verá como é lindo seu apitar,
E nós dois presos de “emoçon”
Comeremos juntos um bombon...

Quantos olhares invejosos
Todos me olham de soslaio,
Momentos tão maravilhosos
Que eu desfaleço, quase desmaio,
O Freud tem a “explicaçon”,
A propósito experimente um bombon...

Olha a Mafalda tão demodé
Tão presunçosa e tão cruel,
Mafalda é lixo perto de você
Mafalda é a própria cascavel,
Eu falo porque tenho mil “razons”
Só p’ra você eu traria bombons...

A Praça Boris está em festa,
Olha o Leon a nos olhar,
Teresa Cristina ele não presta
Mas se prefere ... dou meu lugar,
Se você fica com o Leon
Eu levo de volta o meu bombon...

Boa tarde senhorita Mafalda
Que linda tarde de Primavera,
Eu comprei p’ra você uns bombons
Pois as rosas são tão perecíveis,
E os bombons além de bons
Cá para nós são bem mais comíveis...

O texto em português, tradução do original, está publicado neste blog em 10 de Setembro.