Mostrar mensagens com a etiqueta Rod McKuen. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rod McKuen. Mostrar todas as mensagens

domingo, 28 de agosto de 2011

BREL NO VIETNAM



Numa recente REVISTA CULTURAL VIETNAMITA (27 de Agosto) vem um longo artigo sobre JACQUES BREL escrito pelo senhor Tuấn Thảo.
Todo o artigo é essencialmente sobre a canção LE MORIMOND, que obteve um êxito mundial, não na sua versão original, mas na versão em inglês escrita pelo canadiano McKuen e divulgada pelo ilustre desconhecido Terry Jacks.

A análise do articulista vietnamita está perfeita porque denuncia exactamente o crime que McKuen fez com a sua versão inglesa. A sátira e a ironia que Brel pôs no seu texto, e na interpretação, focando um assunto tão sério e doloroso como o adultério, são substituídos pela incoerência e imbecilidade das palavras e pelo melaço da interpretação.
Mais uma vez o “crime compensa”. Ambos, McKuen e Jacks, ficaram podres de ricos com a sua versão de SEASONS IN THE SUN (Le Morimond).

E para exemplo o senhor Tuấn Thảo mostra-nos este vídeo do Youtube. Uma coisa absolutamente enjoativa cantada por uns rapazinhos super charmosos, em 1999, que se chamavam Westlife…
Se tiverem tempo e paciência divirtam-se com esta piroseira.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

LES AMANTS DE COEUR



Esta canção, Les amants de coeur, é assinada por Brel e por Rod McKuen.
Este senhor McKuen é o autor da famigerada versão inglesa de LE MORIBOND e que dá pelo nome de Seasons in the Sun. O tal êxito dos anos 60 que correu mundo na voz do canadiano Terry Jacks, e depois por muitos outros cantores nos mais variados idiomas, estilos e interpretações. Com tal sucesso da canção o senhor McKuen deve ter ficado rico com os direitos de autor da letra inglesa, apesar de ter prestado um mau serviço a Brel. Com a versão inglesa McKuen deturpou todo o conteúdo do texto breliano e com isso deu a conhecer aos anglo saxões uma imagem de um Brel muito vulgar, para não dizer piroso, tal a baixa qualidade da tradução.
No entanto, Brel quis conhecer o autor de Seasons in the Sun e veio a saber que ele era também um cantautor. E pediu-lhe uma canção sua para traduzir para francês e incluir no seu reportório. McKuen cedeu-lhe a canção The lovers que Jacques Brel Traduziu para Les amants de coeur.


OS AMANTES DO CORAÇÃO (1964)

Eles amam-se, amam-se, rindo. Eles amam-se, amam-se para sempre. Eles amam-se ao longo do dia, eles amam-se tanto, tanto, que parecem anjos do amor, anjos doidos protegendo-se quando se encontram de fugida. Os amantes do coração...

Eles amam-se, amam-se loucamente, desfolhando-se longe das luzes… E desvendam-se como dois frutos, descobrindo que já não são dois… E abandonam-se suavemente. Reencontram-se no novo dia e adormecem mais felizes, os amantes do coração...

Eles amam-se, amam-se assustados, o coração molhado, latejante. Cada segundo é um medo que devora o coração à dentada... Eles sabem demasiado de encontros onde se fingem de caçadores, para não terem medo do lobo, os amantes do coração...

Eles amam-se, amam-se chorando. Cada dia um pouco menos amantes, depois de terem bebido todo o seu mistério... Tornam-se irmão e irmã, queimam as asas de inquietação. Transformam-se em dois hábitos, e então, trocam de companheiro, os amantes do coração...

Que se amem, que se amem rindo…Que se amem, para sempre… Que se amem ao longo do dia… Que se amem tanto, tanto, que pareçam anjos do amor, anjos doidos protegendo-se quando se encontram de fugida… Que se amem, os amantes do coração !!!


Esta é a versão original de Rod McKuen... THE LOVERS

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SHIRLEY BASSEY

Em maré de versões inglesas das canções de Brel, hoje não resisto a mostrar este vídeo de Shirley Bassey a cantar IF YOU GO AWAY / NE ME QUITTE PAS. Shirley Bassey e a sua voz estridente! Exuberante . A puxar ao elogio fácil de quem gosta de “grandes cantoras/es”. Sempre achei que se a Shirley fosse portuguesa teria enveredado pelo fado de Coimbra.

Esta versão em inglês é também uma versão de Rod Mc Kuen que, uma vez mais, peca pelo facilitismo e banalidade de ideias postas na tradução. De um belo texto cheio de emoção passa-se a um texto desenxabido, mas dentro do bom estilo do “showbiz” americano.

Obs: No princípio do vídeo o senhor McKuen tem a lata de dizer, muito convencido, que “esta famosa canção é minha, porque fui eu que escrevi…”


If You Go Away

If you go away, on this summer day
Then you might as well take the sun away
All the birds that flew in the summer sky
When our love was new and our hearts were high
When the day was young and the night was long
And the moon stood still for the night birds' song
If you go away, if you go away, if you go away
But if you stay, I'll make you a day
Like no day has been or will be again
We'll sail the sun, we'll ride on the rain
We'll talk to the trees and worship the wind
Then if you go, I'll understand
Leave me just enough love to hold in my hand
If you go away, if you go away, if you go away

If you go away, as I know you will
You must tell the world to stop turning
Till You return again, if you ever do
For what good is love without loving you
Can I tell you now as you turn to go
I'll be dying slowly till the next hello
If you go away, if you go away, if you go away

But if you stay I'll make you a night
Like no night has been or will be again
I'll sail on your smile, I'll ride on your touch
I'll talk to your eyes that I love so much
But if you go I won't cry
Though the good is gone from the word goodbye
If you go away, if you go away, if you go away

If you go away as I know you must
There'll be nothing left in the world to trust
Just an empty room full of empty space
Like the empty look I see on your face
I'd have been the shadow of your dog
If I thought it might have kept me by your side
If you go away, if you go away, if you go away

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SEASONS IN THE SUN (2)

Já que mostrei aqui a versão inglesa de Amsterdam da autoria de Mort Shuman, cantada por David Bowie, aproveito para dar a ler a versão de LE MORIBOND, escrita por Rod McKuen, um cantor californiano nascido em 1933. Chama-se a versão “Seasons in the sun” e já AQUI foi comentada em 17 de Novembro do ano passado.
Esta versão inglesa das “Seasons” é pior que a versão de “Amsterdam” dado que McKuen sugere que há alguém que vai morrer e continua a falar de banalidades omitindo o principal: A amante do moribundo vai ficar ao cuidado dos seus amigos... que toda a vida a estimaram.
A canção de Brel está cheia de ambiguidades e sarcasmo e é cantada com ironia na voz. A versão de McKuen é estranha porque fala de alguém que se despede porque vai morrer e canta ao bom estilo melado das baladas dos anos 60.
Este contraste é flagrante nesta versão de boys band.



SEASONS IN THE SUN

Goodbye to you my trusted friend, we've known each other since we're nine or ten,
Together we've climb hills and trees, learned of love and ABC,
Skinned our hearts and skinned our knees.

Goodbye my friend it's hard to die, when all the birds are singing in the sky,
Now the spring is in the air, pretty girls are everywhere,
Think of me and I'll be there.

Chorus:
We had joy we had fun we had seasons in the sun,
But the hills that we climbed were just seasons out of time.

Goodbye papa please pray for me, I was the black sheep of the family,
You tried to teach me right from wrong, too much wine and too much song,
Wonder how I got along.

Goodbye papa is hard to die, when all the birds are singing in the sky,
Now the spring is in the air, little children everywhere,
When you see them I'll be there.

Goodbye Michelle my little one, you gave me love and helped me find the sun,
And every time that I was down, you would always come around,
And get my feet back on the ground.

Goodbye Michelle it's hard to die, when all the birds are singing in the sky,
Now the spring is in the air, with the flowers everywhere,
I wish that we could both be there.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SEASONS IN THE SUN

Este ano o nova iorquino Ken Levine – personalidade famosa da indústria do espectáculo – fez uma lista das piores canções já gravadas. Entre elas está SEASONS IN THE SUN, gravada em 1974 por TERRY JACKS.

SEASONS IN THE SUN não é mais do que uma versão muito pobre de LE MORIBOND, de Brel, feita por Rod McKuen, um cantor californiano nascido em 1933.
Apesar de se ter tornado um êxito mundial esta versão inglesa é absolutamente intragável. É lamechas, delicodoce e pateta. Exactamente tudo o que Jacques Brel não escreveu no seu original, em que o texto é inteligente, cínico, agressivo e corrosivo. Mesmo quem não saiba inglês e francês, se ouvir as duas versões, vai perceber a imensa diferença do que ambos os cantores estão a transmitir aos seus ouvintes.
McKuen também traduziu para inglês Ne me quitte pas (que ficou IF YOU GO AWAY) e felizmente deu-lhe um melhor tratamento que em Seasons in the sun. A prova é que foi (e continua a ser) gravada por inúmeros cantores de língua inglesa.
É pena que McKuen não tenha escrito um texto mais próximo do de Brel. É pena que Terry Jacks a tenha gravado com aquele estilo tão piroso, a roçar o pimba. E é pena que Ken Levine tenha incluído a canção no seu rol das piores, já que não é uma canção original de Terry Jacks ou McKuen mas uma versão de uma grande canção de JACQUES BREL.

KEN LEVINE - AS PIORES CANÇÕES DE SEMPRE