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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

JULIETTE GRECO



Marie-Juliette Gréco, conhecida por Juliette Gréco (Montpellier, França) vai fazer 85 anos no próximo dia 7 de Fevereiro. Mas dentro de dias sairá o seu novo disco intitulado Ça se traverse et c'est beau, dado que o tema do disco são as pontes de Paris e a sua biografia Je suis faite comme ça (Flammarion).
Juliette viu pela primeira vez JACQUES BREL em público (no princípio da sua carreira) num palco com um ecran de cinema em fundo. Do programa fazia parte o concerto de Brel e um filme. Ele deu o seu espectáculo antes do filme e a audiência não o levou muito a sério porque estava mais interessada na fita que vinha a seguir. Porém, Juliette Gréco já não faz ideia de que filme se tratava mas… nunca mais perdeu de vista JACQUES BREL, tal foi a emoção que ele lhe causou nessa noite.
Em 1989 Juliette casou-se com o seu pianista e orquestrador Gérard Jouannest que, anos antes, havia trabalhado com Brel.

No vídeo JULIETTE GRECO canta “J’ARRIVE”

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Voyage au bout du rêve




Em 2008 foi publicado um livro sobre JACQUES BREL intitulado "Jacques Brel voyage au bout du rêve" de Alain Wodrascka, com prefácio de Juliette Gréco.
O livro é da editora Didier Carpentier e esta é a APRESENTAÇÃO DO EDITOR:

Animado pela chama da fulgurância, Jacques Brel, desaparecido aos 49 anos de idade, investiu em várias áreas artísticas que tão bem soube demonstrar ao longo da vida.
O cantor: o seu repertório, rico e variado, com uma uma quantidade de músicas extraídas numa tinta poética muito moderna e comovente interpretação teatral. Entre elas dilacerantes hinos ao amor (" Ne me quitte pas ", " La chanson des vieux amants "...), pinturas oníricas (" Le plat pays ", " Les Marquises ", " Mon enfance ", " Amsterdam "), comoventes retratos sociais (" Les vieux "...) e episódios de um humor irresistível (" Les bigotes ", " Les bonbons ", " Madeleine "...).
O actor: No cinema, Brel soube evoluir em vários registos com igual talento. Ele conseguiu captar personagens convencionais (Les risques du métier), graves (Les assassins de l'ordre), libertinos (Mon oncle Benjamin) ou loucos (L’emmerdeur), permanecendo sempre credível.
Finalmente, o seu Musical “L'homme de la Mancha”, onde ele actuou e cantou, reunindo todas as formas de expressão artística aqui exigidas, levando-as ao seu auge.
A principal preocupação de Brel foi nunca enganar o seu público, nunca mostrar habilidades mediante a adopção de processos duvidosos.
Por fim, depois de ter tentado com sucesso todas as experiências artísticas e domesticadas as artes da navegação e da pilotagem de aeronaves, Brel decidiu, no topo da sua glória, largar as amarras do sonho e partir para a ilha das Marquesas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

GÉRARD JOUANNEST



No ano passado foi publicado um livro escrito por Angela Clouzet - Editor Albin Michel - intitulado "Gérard Jouannest, de Brel a Gréco" (239 páginas).

GÉRARD JOUANNEST, DE BREL A GRÉCO, destaca a carreira do homem que é sem dúvida um dos maiores compositores da canção francesa. Desde que se lembra, Jouannest sempre tocou piano. Nascido numa família humilde - o seu pai era operário e seu avô fabricante de pianos - ele começou aos oito anos a fazer escalas seguindo o conselho de um professor de música Vanves, onde nasceu em 1933. Pianista de Jacques Brel, marido de Juliette Gréco e seu cúmplice de cena, Gérard Jouannest tem uma capacidade inigualável para colocar as palavras na música. Bruxelles, Madeleine, Les vieux, La chanson des vieilles amants, J’arrive, estão entre as mais belas melodias compostas para Jacques Brel.
Jouannest é um ser de grande discrição, que sempre preferiu deixar falar o seu teclado. Daí o interesse deste livro, que convida o leitor a visitar a sua vida em canções de Brel a Gréco, passando pela nova geração de artistas com as quais ele gosta de trabalhar,e que vão de Miossec a Abd al-Malik, com o qual mantém uma relação musical muito forte. Uma vida onde as memórias estão sempre presentes e que, por exemplo, incluem estas palavras comoventes que Brel lhe escreveu das Ilhas Marquesas, em 1977:
"Caro Gérard (...) agradeço a tua atenção para com o "vieux". Tu és precioso para mim e fazes-me sorrir. É por causa de homens como tu, e de mulheres como a Juliette, que me parece cruel ter de morrer tão cedo. Um abraço a ambos. "

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

VOIR UN AMI PLEURER

VER UM AMIGO CHORAR
Esta é mais uma canção do último disco gravado por Jacques Brel em 1977. Brel estava auto-exilado nas Ilhas Marquesas, em pleno Oceano Pacífico. Gravou o disco com um imenso esforço uma vez que o cancro pulmonar não lhe permitia grandes cansaços físicos. Sem nunca perder a boa disposição, Brel chega a fazer graça com a sua própria doença e a certa altura , no meio de uma gravação, pára exausto e pergunta pelo microfone “viram por aí um pulmão?” …
Um ano depois Brel morria em Paris.

Com certeza que há as guerras da Irlanda e os lugarejos sem música...
Com certeza que em tudo isto há falta de afecto…e até, não há mais América...
Com certeza que o dinheiro não tem cheiro, mas nenhum cheiro vos chega ao nariz... Com certeza que caminhamos sobre as flores...
Mas, mas ver um amigo chorar...
Com certeza que temos as nossas derrotas, e depois a morte que aparece lá bem no fim. O corpo inclina já a cabeça, espantado por ainda estar de pé...
Com certeza que há as mulheres infiéis e os pássaros assassinados...
Com certeza que os nossos corações perdem as asas...
Mas, mas ver um amigo chorar...
É certo que há cidades consumidas por essas crianças de cinquenta anos e a nossa impotência para as ajudar... E os nossos amores que sofrem dos dentes...
É certo que o tempo voa demasiado depressa e esses comboios vão cheios de afogados... E a verdade que nos evita...
Mas, mas ver um amigo chorar...
É certo que os nossos espelhos são imparciais... Nem a coragem de se ser judeu, nem a elegância de se ser negro... Acreditamos que somos pavio e não passamos de sebo...
E todos esses homens que são nossos irmãos, já não nos deixam surpreendidos se por amor nos dilacerarem...
Mas, mas ver um amigo chorar


EM MEMÓRIA DO MEU AMIGO MANUEL FARIA DE CASTRO