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domingo, 1 de abril de 2012

JEAN CLOUZET


Da lista de livros escritos sobre  JACQUES BREL falta falar de um dos primeiros publicados.
Chama-se simplesmente “JACQUES BREL par Jean CLOUZET” e foi publicado em 1964 pelas Edições Seghers . Trata-se de um pequeno livro (13x16) com 190 páginas e divido em 3 partes:
Um texto sobre o cantor da autoria de Clouzet seguido de uma pequena entrevista conduzida pelo próprio Clouzet.
Mais de 60 textos de canções de Brel terminando com a Discografia. Esta discografia tem como última gravação… o espectáculo ao vivo no OLYMPIA de 1964.
Esta raridade é o meu primeiro livro sobre BREL, comprado em Lisboa, curiosamente, em Setembro de 1974… Jacques estaria no Faial , no Askoy, ou em Paris no funeral de Jojo.
Não me lembro do preço do livro, mas deve ter sido mais caro porque era um livro estrangeiro!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VOICI




Jean Clouzet, um dos biógrafos de Brel, escreveu sobre esta canção:
”Uma composição como esta, aos olhos do seu autor, não é uma verdadeira canção, porque, segundo ele, o texto foi sacrificado por causa do arranjo musical. É mais como uma experiência. Foi como pôr as palavras sobre um “fugato” de órgão, trabalho que nunca foi feito antes... que eu saiba”.

AQUI ESTÁ (1958)

Aqui está um céu que debruça as suas nuvens sobre estes caminhos de Itália
para os apaixonados sem bagagem...
Aqui estão os vinhedos em socalcos para enfeitar as nossas vidas
de vinhos claros e flores novas...
Aqui estão os sinos repicando a festa, a festa onde
rimos os risos que ninguém cala...
Aqui estão os amores vestidos de branco, metade flor, metade fruto,
que nos invejam os anjos...
Aqui estão os ecos que dão as mãos para levar até ao infinito
os nossos “sempre” e os nossos “amo-te”...
Aqui estão as promessas de São João, de São João que duram a vida
das vidas que poupam o tempo...
Aqui está o tal sorriso dos nossos pais que nós procuramos à noite
para melhor acalmar a sua cólera...
Aqui está, que na encruzilhada das amizades, a dor que se desvanece
esmagada pelas nossas mãos apertadas...
Aqui está que nos nossos subúrbios desbotados, os padres das ladainhas
se tornaram operários...
Aqui estão as mãos enrugadas de coragem que acariciam a bancada
de onde brotará a obra-prima...
Aqui estão as flores crescendo num caos, entre nós e o inimigo,
para impedir a batalha...