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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ISABELLE auBREL



Isabelle Aubret “Palais des Sports 2011” é um duplo CD, mais um DVD, e foi gravado ao vivo num espectáculo dado em Maio deste ano. Neste espectáculo ela canta Jean Ferrat, Léo Ferré e JACQUES BREL.
Isabelle foi em 1952 campeã de França em ginástica. Depois enveredou pela música e em 1962 ganhou o Euro Festival da Canção com “Un premier amour”. Seis anos depois voltou a concorrer ao Festival e ficou em 3º lugar com “La source”.
Entretanto, em 1963 teve um acidente de viação que a incapacitou de trabalhar durante muito tempo.
Jacques Brel, que a estimava como colega de profissão, visitou-a no hospital e, num acto de generosidade perante a colega impedida de trabalhar, ofereceu-lhe os direitos de autor da canção “La fanette”, que ela interpretava nos seus concertos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

C'EST BEAU LA VIE



Quando não há mais que o amor, que seria eu sem ti ? Duas crianças ao sol, mas também noite e nevoeiro, e muito mais... Por ocasião dos cinquenta anos da sua carreira, ISABELLE AUBRET revisita a sua vida com a publicação do livro C’EST BEAU LA VIE. (Ed. Michel Lafon, 248 pág. Maio 2011)
Incrível viagem que essa menina do norte da França, quinta de uma família de onze filhos, trabalhando numa fábrica aos catorze anos, tornou-se intérprete dos autores mais famosos do seu tempo. Devastada por dois acidentes terríveis que a baniram da cena durante vários anos, ela heroicamente recuperou, revivendo o sucesso, e impondo o seu desejo de renovação, aliando às suas doces canções, temas mais sérios . Nesta luta diária, onde sempre manteve um sorriso, ela pôde contar sempre com apoios muito queridos: Aragon, secretamente apaixonado, ia roubar as suas fotos nas lojas de discos; Brassens dava-lhe o braço para a levar do palco para seu camarim, quando ela não podia andar; Ferrat, seu irmão de alma, que compartilhou com ela "as ideias e as esperanças" até aos seus últimos momentos, e ela agora homenageia, tanto o trabalho quanto a sua memória e finalmente, Brel, fascinado ela sua coragem, dando-lhe para o resto da vida os direitos de autor da canção “Fanette”, (já falado neste blog AQUI).

domingo, 30 de maio de 2010

LA FANETTE




A situação descrita na canção La fanette repete-se em mais duas ou três canções de Brel. É quando o amor e a morte andam juntos. Nessas canções o amor é repartido por três. E como alguém está a mais o problema resolve-se com o desaparecimento desse alguém. Em La fanette são dois os que a morte leva.
Chamo atenção para a melodia e para orquestração que evocam intencionalmente o vai e vem dolente das ondas do mar numa praia.
A canção foi gravada em 1963 por ISABELLE AUBRET que logo após a gravação sofreu um acidente de viação que a deixou entre a vida e a morte durante vários meses. Brel, generoso como sempre, cedeu-lhe os direitos de autor de La Fanette, definitiva e integralmente.

A FANETTE (1963)

Nós éramos dois amigos e a Fanette amava-me.
A praia estava deserta e dormia em Julho.
Se elas se lembrassem, as ondas diriam quantas vezes para a Fanette eu cantei as minhas canções...

Devo dizer, devo dizer que ela era linda como uma pérola de água...
Devo dizer que ela era linda e eu nem sou bonito...
Devo dizer que ela era morena, tanto como a duna era loira, e eu, tendo uma e outra, eu tinha o mundo...
Devo dizer que eu era louco em acreditar naquilo tudo, crer que era tudo nosso, crer que ela era minha.
Devo dizer que não se aprende a desconfiar de tudo...

Nós éramos dois amigos e a Fanette amava-me...
A praia estava deserta e mentia em Julho.
Se elas se lembrassem, as ondas diriam como para a Fanette se demorava a canção...

Devo dizer, devo dizer que ao sair de uma onda lânguida vi-os afastaram-se como amada e amante...
Devo dizer que eles riram quando me viram chorar. Devo dizer que eles cantaram quando eu os amaldiçoei... Devo dizer que esse dia correu bem... Eles nadaram tão longe, eles nadaram tão bem, que eu nunca mais os vi... Devo dizer que não se aprende... Bom, mas falemos de outra coisa...

Nós éramos dois amigos e a Fanette amava-o a ele... A praia está deserta e chora em Julho, e à noite, às vezes, quando as ondas acalmam, escuto como uma voz, escuto...
É a Fanette...