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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fito Páez



Rodolfo Páez Ávalos, mais conhecido como Fito Páez, é um músico e compositor argentino de rock. Também é director e guionista de cinema. Pela qualidade e repercussão de suas obras musicais é considerado um dos maiores compositores de rock da Argentina, junto a Charly Garcia e Luis Salberto Spinetta. O seu disco "El amor después del amor", editado em 1992 é o mais vendido na história do rock argentino.

FITO PAEZ acaba de gravar o seu 22º disco com "Canciones para aliens", um apanhado de canções de compositores que ele admira, como Chico Buarque (que canta numa das faixas), Bob Dylan, Freddie Mercury, JACQUES BREL e até Giuseppe Verdi. É a primeira vez que Fito Páez lança um disco de regravações de terceiros.

sábado, 8 de janeiro de 2011

MARIA BETHÂNIA




MAN OF LA MANCHA estreou-se em 1965 na Broadway. Baseado na obra de Cervantes D.Quixote de La Mancha tinha texto de Joe Lardon e música de Mitch Leigh.
Jacques Brel fez depois em 1968 uma adaptação para francês e levou o musical L’Homme de la Mancha à cena na Bélgica e na França.
O tema mais conhecido deste musical é sem dúvida The impossible dream que Brel adaptou e intitulou La Quête. Esta canção tem tido ao longo do tempo várias versões, sendo uma delas em português. Esta adaptação para a nossa língua foi escrita por Ruy Guerra, autor do FADO TROPICAL popularizado por Chico Buarque.

SONHO IMPOSSÍVEL (Ruy Guerra)

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

Esta é a versão de Impossible dream cantada por Maria Bethânia…

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CARTA A JACQUES BREL (3)

Carta a Jacques Brel (continuação)

Fazes-nos falta, Jacques Brel. Por isso queremos manter-te vivo a cantar as tuas canções. Tu próprio o disseste: “A canção é um acto de amor, um acto de ternura”.
Fazes-nos falta, porque andamos carenciados de sonho, de amor e de ternura.
Em vez disso, andamos para aqui, em banho-maria, a viver a vida pardacenta, entre o silêncio e a solidão. À espera de alguma coisa que nunca acontece. À espera de um aumento de ordenado e à espera de D. Sebastião no dorso de uma baleia. À espera de ver Deus na televisão e à espera das bem-aventuranças da União Europeia... Ou “aguardando um raiozinho de socialismo”, como escreveu, aqui há uns anos, o poeta Marcolino Candeias.
Ah, e se tu soubesses o que, musicalmente, por cá se passa... Se eu te falasse no “marketing” discográfico, no individualismo desenfreado, na ganância do lucro, tu não acreditarias. Se eu te dissesse que a música agora também serve para encher chouriços, ou que a qualidade deixou de interessar, ou que a maior parte dos cantores de hoje canta fora de tom, tu certamente mandavas-me passear. Se eu te referisse que a cultura deixou de ser um acto de espírito e de imaginação humana. Se eu te falasse da música “light” que por aí anda à solta... Ah, como ficarias desgostoso se soubesses que hoje, a nível planetário, andamos culturalmente colonizados pelos americanos e por outros imbecis contentinhos...
Quando cá estiveste, há 35 anos, a revolução de Abril ainda estava na rua. Chegámos a acreditar em manhãs radiosas, porque “foi bonita a festa, pá”, como cantou, do outro lado do mar, o nosso amigo Chico. Mas hoje, meu caro, vivemos de resignações televisivas e de outros futebóis e só queremos que “não nos falte o dinheiro para o bife”... (Lembras-te do Zeca Afonso?).
“Em Portugal o mal é ancestral”, escreveu um poeta português que muito te admirou e até copiou alguns dos teus versos: José Carlos Ary dos Santos. E houve até um cantor que, durante algum tempo, pretendeu ser o Brel português: Fernando Tordo… Mas a tua voz sempre foi única, exclusiva, inimitável.
(continua)

Horta (anos 60)