sexta-feira, 30 de abril de 2010

LUIS EDUARDO AUTE

De um breliano brasileiro de Minas Gerais , Rafael Moreira , recebi a informação que LUIS EDUARDO AUTE canta uma canção dedicada a Jacques Brel, intitulada precisamente JACQUES.
Deixo aqui o texto de Luis Eduardo Aute e um vídeo que se encontra no youtube com a versão original da canção.
Os meus agradecimentos a RAFAEL MOREIRA, por esta informação... e por seguir atentamente o CANTO DO BREL.

LUIS EDUARDO AUTE

JACQUES

Jacques,
permíteme el atrevimiento de llamarte así
al escribir esta balada urgente para ti,
para ti
Jacques,
querrás saber por qué se me ha ocurrido,
al cabo de los años transcurridos,
recordar a aquel quijote belga
que escapó a Tahití
Jacques,
podría responderte simplemente porque sí
o que en la radio acabo de escuchar "Le Plat Pays"
Jacques, lo que sucede es que me han desgarrado el corazón
y necesito hablarte como "Jef" necesitó
Tu canción...

Ella ya no está...
pero eso qué más da,
pero eso qué más da
lo malo es esta noche
de eterna soledad
Jacques, ne me quitte pas.

Jacques,
ya ves que no se trata de escribirle al Sr. Juez,
y que mi drama es para que respondas: "qué idiotez,
qué idiotez"
Jacques,
si acudo a ti es porque busco a un amigo
para unas copas y un "estoy contigo
y a esa falsa rubia consentida,
que la folle un pez!..."
Jacques,
vayamos con Jaurés, Zangra y Fernand a la kermes
y luego al "Amsterdam" a que nos hagan un francés
Jacques,
pero han huido de este octubre frío de París...
tal vez estén volando entre las nubes junto a ti
aux marquises


quinta-feira, 29 de abril de 2010

LE BLOG DE RÉMY

O CANTO DO BREL foi citado em França, Vierzon, por LE BLOG DE RÉMY.
Este BLOG criado em Janeiro de 2008 destina-se a prestar homenagem a Jacques Brel , trinta anos depois do seu desaparecimento e quarenta anos depois da composição de VESOUL.
Dos Açores, Portugal, saudações brelianas para o Blog de Rémy.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

ZAZA FOURNIER


O Jornal de Brasília TRIBUNA DO BRASIL de ontem, 27, traz uma notícia assinada por Emanuelle Coelho, relacionada com Brel e da qual transcrevo alguns excertos:
ZAZA FOURNIER
Um dos maiores nomes da nova música francesa se apresentará nesta quinta-feira (29), na Capital Federal
Em sua primeira turnê pela América do Sul, a cantora e instrumentista Zaza Fournier se apresenta nesta quinta-feira (29), em Brasília. O show será realizado às 21h, no Teatro Sesc Presidente Dutra.
A vinda da cantora, instrumentista e compositora a Brasília é uma iniciativa da parceria Aliança Francesa e Sesc-DF. Na apresentação, Zaza fará shows pela Argentina (18 e 19/04) e Paraguai (22/04), além das cidades brasileiras Campinas (02/05), João Pessoa (06/05), Porto Alegre (08/05) e São Paulo (15/05). Descoberta pela Warner quando tocava acordeão pelos bares e ruas de Paris, a francesa, ainda pouco conhecida no Brasil, inspira-se no trabalho da cantora Edith Piaf, Elvis Presley, Tom Waits, Brigitte Fontaine e Jacques Brel – autor do clássico Ne me quitte pas.
Nascida em 1985, em Paris, filha de um professor de linguística e de uma grafista, a artista já recebeu críticas positivas das famosas revistas francesas Le Figaro, France Soir e L´Express. “Vê-la no palco, com sua franja, com sua presença de artista de cabaré, de estrela do Rock dos anos cinquenta… Zaza Fournier é uma mistura de estilos que faz girar pescoços e balançar pernas”, destaca a agência France Info. O primeiro álbum da cantora, chamado de Zaza Fournier e lançado pela Warner França, no final de 2008, trouxe os primeiros hits Mademoiselle e La Vie à Deux.


terça-feira, 27 de abril de 2010

VESOUL

O Acordeão é usado por Brel quando quer sugerir o divertimento e o convívio festivo. Pode ser o baile, a quermesse ou o banquete. Brel gosta do som deste instrumento e serve-se dele com inteligência. Na canção que publico hoje, Vesoul, o acordeão é magnificamente tocado por Marcel Azzola. E para contrariar o refrão, onde o cantor afirma que tem horror ao acordeão, durante a interpretação ele incita o acordeonista a tocar mais depressa, dizendo "Chauffe, Marcel, chauffe!!!".
O tema da canção é uma vez mais a guerra dos sexos.

Vesoul (1968)

Tu quiseste ver Vierzon, e fomos ver Vierzon... Tu quiseste ver Vesoul e fomos ver Vesoul... Tu quiseste ver Honfleur e fomos ver Honfleur...Tu quiseste ver Hamburgo e fomos ver Hamburgo... Eu quis ver Anvers e voltámos a ver Hamburgo, eu quis ver a tua irmã e fomos ver a tua mãe... Como sempre!

Deixaste de gostar de Vierzon e deixámos Vierzon... Deixaste de gostar de Vesoul e deixámos Vesoul... Deixaste de gostar de Honfleur e deixámos Honfleur... Deixaste de gostar de Hamburgo e deixámos Hamburgo... Quiseste ver Anvers e não vimos mais que os arredores... Deixaste de gostar da tua mãe e deixámos a tua irmã... Como sempre!

Mas digo-te já, não vou mais longe...E previno-te que não vou a Paris, aliás, tenho horror ao SOL e DÓ da valsa pirosa e do acordeão...

Tu quiseste ver Paris e fomos ver Paris...Tu quiseste ver o Dutronc e fomos ver o Dutronc... Eu quis ver a tua irmã e vi o Monte Valérien... Tu quiseste ver a Hortense, ela estava em Cantal... Eu queria ver Byzance e fomos ver Pigalle na Gare Saint-Lazare, e vi as flores do mal... Por acaso!

Deixaste de gostar de Paris, e deixámos Paris... Deixaste de gostar de Dutronc, e deixámos Dutronc... Agora confundo a tua irmã com o Monte Valérien... E daquilo que sei de Hortense não irei mais a Cantal, e tanto pior para Byzance porque já vi Pigalle e a Gare Saint-Lazare... É caro e faz mal... Por acaso!

Mas, volto dizer-te, não vou mais longe…E previno-te que a viagem acabou, aliás, tenho horror ao SOL e DÓ da valsa pirosa e do acordeão...



Este video foi feito no estúdo durante a gravação de VESOUL. Há outro video disponível AQUI onde Jacques Brel começa por brincar com a canção, seguindo-se depois um excerto de uma entrevista.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

OS PADRES

E volto à notícia que AQUIdivulguei no passado dia 9 deste mês.
Três padres resolveram gravar um disco onde incluíram a canção de Brel QUAND ON N’A QUE L’AMOUR.
Não resisto a transcrever uma pequena crítica saída ontem, 25 de Abril, no Jornal TRIBUNE DE GENÉVE sobre este assunto.


O MASSACRE INESPERADO
Eles esperaram muito tempo. 32 anos. Durante esse tempo eles não se manifestaram. Discretos. Nada transpareceu. A escolha foi longa para chegar a esta manta de retalhos aleatória.
Mas finalmente foram lançados com o poder da publicidade. TF1 incluída. Vimos os anúncios que, provavelmente, custaram um balúrdio. Pompas e cisrcunstância para estas vedetas incógnitas. O mundo a seus pés… deveria talvez dizer a seus joelhos. E pronto, o massacre foi formalmente executado.
Primeiro, são as vozes, essas vozes que nós percebemos porque é que fazem fugir os fiéis das igrejas à força de não expressar nada, excepto o xarope. Vozes doces e insípidas. É compreensível que os gurus evangélicos, os líderes político-religiosos muçulmanos e outros pescadores de almas conturbadas, com vozes fortes recuperem os decepcionados com aquelas vozinhas de falsete.
Em seguida, são os arranjos musicais, tipo cantilenas revisitadas para adulto retardado. E depois a presença visual - talvez devesse dizer a ausência visual?
No entanto, eles cantam. E é dramático.
Eles precisaram de 32 anos para a vingança. Jacques Brel morreu 9 de outubro de 1978, há 32 anos. Jacques Brel o devorador de curas. Eles tiveram 32 anos para se vingar dele. E lá está ela, eles fizeram-na.
Quem? OS TRÊS PADRES, três curas que recentemente gravaram um disco e que parece estar a fazer um enorme sucesso.
E quem massacram? Porque é realmente de um massacre que se trata. Eles vingam-se da morte do devorador de padres que há 32 anos atrás tanto os criticou.
Que massacre? Eles fizeram uma versão da canção “Quand on n’a que l’amour”. Terem ousado fazer isso e cantá-la como cantam, tão mal, massacrando-a, só tem uma explicação. É a vingança 32 anos depois de tudo o que Brel disse sobre eles. É a única justificação.
Ou então o produtor está a gozar com todo o mundo, ou mais ninguém tem o mínimo gosto musical. Dito isto, os gostos e cores, não há nada de menos universal. Se há quem goste, pela minha parte, nada mais tenho a dizer acerca disto.




Pai, perdoai-lhes porque eles sabem o que estão a fazer...

domingo, 25 de abril de 2010

JAURÉS



Jean Jaurés é o nome de um socialista francês assassinado em 1914. Ficou célebre por ser durante muitos anos director do jornal comunista Humanité. No seu último disco de 1977, Brel dedica uma canção a Jaurés.
Acerca da política, Jacques Brel, diz numa entrevista em 1972 que no fundo a política também era um acto de amor. Um homem de esquerda é um homem que tem amor pelos outros. Um homem de direita é um homem que tem amor por si próprio.

Jaurés (1977)

Eles estavam gastos aos quinze anos. Retiravam-se, mal começavam... Os doze meses chamavam-se Dezembro... Que vida tiveram os nossos avós!!! Entre o absinto e as missas cantadas eles já eram velhos antes de o ser... Quinze horas por dia com o corpo numa trela deixa no rosto uma cor pardacenta...
Sim, meu senhor, sim, meu mestre... Porque é que mataram Jaurés? Porque é que mataram Jaurés?

Não se pode dizer que eles foram escravos, mas daí a dizer que eles tenham vivido quando à partida já estavam vencidos, é muito difícil sair do buraco. E, portanto, a esperança florescia nos sonhos que afloravam aos olhos daqueles que recusavam rastejar até à velhice... Sim, meu senhor, sim, meu mestre... Porque é que mataram Jaurés? Porque é que mataram Jaurés?

Se por desgraça eles sobreviviam, era para irem para a guerra. Era para se acabarem na guerra, às ordens dum qualquer tarimbeiro, que exigia com desdém que eles desabrochassem, no campo do horror, os seus vinte anos nunca vividos... E eles morriam aterrorizados, miseráveis, sim, meu bom mestre, cobertos de padres, sim, meu senhor...

Exijam vocês, bela juventude, o tempo da sombra de uma memória, o tempo do sopro de um suspiro...
Porque é que mataram Jaurés? Porque é que mataram Jaurés

sexta-feira, 23 de abril de 2010

VESOUL, VIERZON, HONFLEUR



Sábado 3 de Abril, uma delegação de Vesoul e uma delegação de Vierzon, juntamente com seis tractores, fizeram a viagem até Honfleur, para ligar as três cidades mencionadas na canção
VESOUL, de Jacques Brel ... Eles foram recebidos por Françoise David, vereadora para a cultura e para o turismo.
" É uma história engraçada. Um dia destes recebi um telefonema de um Sr. Daniel Donon de Rosière, diz Françoise David, que perguntou se ele poderia vir a Honfleur com uma delegação de Vierzon e uma delegação de Vesoul… em tractores... Ao princípio pensei que era uma piada! Mas apercebi-me que não, porque até havia uma associação denominada "Vi-Ve-Brel”.
Na verdade, em Vierzon e em Vesoul os entusiastas de Jacques Brel fundaram a Associação "Vi-Ve Brel" (Vierzon-Vesoul Brel). A associação tem como objectivo promover a canção de Jacques Brel "Vesoul", uma canção onde consta também o nome de Honfleur.
Esta associação surgiu de uma constatação: Se Vesoul é tão famosa por causa da conhecida canção de Jacques Brel, Vierzon pode beneficiar da mesma fama. Esta cidade de Vierzon já foi famosa por outra razão: Os tractores Vierzon SFV (Sociedade Francesa de Vierzon) foram lá fabricados, entre 1930 e 1960. Vierzon precisa agora da canção de Brel.
A associação "Vi-Ve Brel" começou sua peregrinação pelas cidades da canção, no último ano: Partindo de Vierzon, juntaram-se em Vesoul. Este ano, os membros da associação, acompanhados por representantes de ambos os municípios optaram por ir a Honfleur.
No próximo ano, eles esperam que o representante de Honfleur se junte a eles para ir a Paris: Pigalle e Gare Saint-Lazare.
Françoise David, que vai começar a programar a viagem, acrescenta: "Se for possível: sim! Eu estou disponível ... É verdade que em Honfleur, o turismo não vive da canção de Brel. Em Vesoul, sim: a cidade criou inclusivamente um festival Brel! Vierzon era conhecido pelos seus tractores… Não um tractor qualquer: O Rolls dos Tractores! "
Este assunto já foi AQUI tratado neste blog.


Chegada do Askoy a Rupelmonde
Uma reportagem consagrada à chegada do Askoy a Rupelmonde será transmitida este Sábado, 24 de Abril, no programa Transversales, entre as 12 e as 13 Horas em LA PREMIÉRE , FM 92,5 ou 96,1.
Depois , durante a tarde a emissão pode ser ouvida a partir deste
SITE.